Quadrilha assalta quinta de idoso três vezes em dez dias. Vítima amarrada teve de ser internada
Quatro homens, entre os 22 e os 49 anos, assaltaram a quinta de um octogenário, em Oliveira de Azeméis, três vezes em apenas dez dias, para roubar, sobretudo, fio de cobre. Nas duas primeiras situações, mantiveram o idoso amarrado e amordaçado durante cerca de três horas, causando-lhe traumas que obrigaram ao seu internamento. Dois dos assaltantes foram detidos em flagrante ao terceiro furto e os restantes comparsas foram apanhados, nesta quarta-feira, pela Polícia Judiciária (PJ).
Corpo do artigo
O idoso, com 80 anos, vivia sozinho numa pequena quinta isolada do concelho de Oliveira de Azeméis, onde mantinha uma oficina de reparação de máquinas, eletrodomésticos e outros equipamentos. Na madrugada de 18 de julho, viu quatro homens, dois dos quais residentes no mesmo município e os outros dois em Estarreja, invadir a sua propriedade e forçar a entrada na habitação. Foi, então, amarrado e amordaçado pelos assaltantes.
Cadastrados violentos
Nesse primeiro assalto, a quadrilha roubou algum dinheiro e objetos valiosos que foi encontrando antes de abandonar o local. Surpreso com a grande quantidade de cobre que encontraram na oficina, já desativada, que o octogenário usava para trabalhar, o grupo regressou à quintinha na madrugada do dia 20, voltou a amarrar e a amordaçar o idoso e roubou o que conseguiram.
A PJ foi acionada e, perante o débil estado emocional da vítima, alertou o INEM, que determinaria o internamento do idoso. Os inspetores mantiveram-se atentos ao local e quando, já na madrugada de 27 de julho, os assaltantes regressaram, pela terceira vez, à quintinha para roubar mais material valioso, incluindo bobines de fio cobre que ali estavam guardadas, estavam nas imediações.
Devido à proximidade ao local do furto, a PJ conseguiu, logo nessa ocasião, deter dois dos criminosos, ambos residentes em Oliveira de Azeméis. Os comparsas conseguiriam escapar, mas, nesta quarta-feira, foram localizados e apanhados.
Todos os detidos, refere a PJ, têm "antecedentes policiais" e, apurou o JN, um deles já cumpriu uma longa pena de prisão por homicídio.