Uma operação à escala europeia levou à detenção de 197 pessoas e à apreensão de cerca de nove toneladas de droga e vários milhões de euros.
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A Polícia Judiciária colaborou, em conjunto com a Europol e com as autoridades nacionais de vários países da Europa, numa megaoperação que visou "uma série de redes criminosas envolvidas no tráfico de droga, branqueamento de capitais, fraude e corrupção, entre outros crimes".
Vinte e nove investigações criminais, conduzidas à cabeça pela Polícia espanhola, levaram à detenção de 197 pessoas, de 34 nacionalidades, suspeitas de pertencerem a organizações criminosas. De acordo com comunicado da PJ enviado às redações esta quarta-feira de manhã, entre os indivíduos detidos contam-se 33 fugitivos (detetados em cooperação com a rede europeia ENFAST) e seis membros de alto nível de redes criminosas.
As autoridades europeias levaram a cabo 114 buscas domiciliárias, que resultaram em várias apreensões: quase cinco toneladas de cocaína, mais de duas toneladas de canábis, 1,7 toneladas de heroína, 28 armas de fogo, 57 veículos, mais de quatro milhões de euros em dinheiro, propriedades com um valor estimado de cerca de 12 milhões de euros e quase 10 milhões de euros em contas bancárias congeladas.
Operação visou "redes de alto risco"
"As investigações visaram redes criminosas que representam uma séria ameaça para a segurança dos cidadãos em todos os Estados-Membros da UE. A operação especial visou especificamente alvos prioritários, de elevado valor e redes criminosas de alto risco, como as que recorrem à corrupção e à violência (frequentemente com armas de fogo) e têm capacidade para importar grandes quantidades de droga", explica a PJ.
A Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, participou em conjunto com a Europol, no apoio à Polícia Nacional de Espanha e às autoridades da Finlândia, Suécia, Dinamarca, Noruega, Islândia, Países Baixos, França, Alemanha, Lituânia, Letónia, Estónia, Eslovénia, Bulgária, Polónia, Roménia e Sérvia. As 29 investigações que integram esta grande operação foram financiadas por vários mecanismos de apoio financeiro da União Europeia e por fundos da Europol.
As investigações continuam.