DGRSP reconhece “escassez extrema” de profissionais. Técnicos sem qualificações vão fazer relatórios sociais em atraso.
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Os relatórios a propor ou a recusar a liberdade condicional de 41 reclusos da cadeia de Izeda, em Bragança, serão feitos por técnicos sem as qualificações necessárias. A denúncia é feita pelo Sindicato dos Técnicos da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (SinDGRSP), que considera a medida ilegal e que, critica, está a alastrar-se a outras prisões. A Ordem dos Advogados também não aceita a solução encontrada para fazer face a uma “escassez extrema de recursos humanos” e o Conselho Superior de Magistratura vai pedir explicações.
No final de uma reunião, ocorrida em 5 de dezembro último, os diretores das cadeias de Izeda e Bragança, da Delegação Regional de Reinserção Social do Norte, do Núcleo de Apoio Técnico do Norte e a coordenada da Equipa de Reinserção Social de Alto de Trás-os-Montes concluíram que o estabelecimento prisional de Izeda enfrentava “grandes dificuldades de funcionamento pela escassez extrema de recursos humanos”.