Um furto de componentes elétricos no Parque de Campismo de Monsanto, em Lisboa, levou à detenção de um jovem de 22 anos que usava a sua tenda para vender droga longe dos olhares da polícia. Ficou proibido de frequentar o parque e a zona de Benfica.
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Na passada semana, um estrangeiro que estava a acampar no Parque de Campismo de Monsanto viu um jovem a sair da sua tenda com algo na mão. Apercebeu-se de que lhe tinham furtado uma extensão elétrica de dez metros, uma ficha adaptadora do sistema elétrico europeu para sistema americano e ainda uma pequena extensão transformadora de eletricidade trifásica para monofásica.
Suspeitando que teria sido o suspeito que vira pouco antes, foi até à tenda dele. Apercebeu-se que o suspeito estava a ligar os seus equipamentos e confrontou-o. O suspeito empunhou então uma arma que tinha à cintura e ameaçou-o. A vítima fugiu e foi à portaria denunciar o ocorrido. A PSP foi alertada.
Os polícias foram até à tenda do suspeito. "Garantindo todas as medidas de segurança e por haver fortes indícios que o suspeito portasse uma arma de fogo, os polícias identificaram-se como tal e deram ordem para que o suspeito saísse da tenda, ordem que este acatou", descreve um comunicado da PSP.
Ocultava arma igual à da polícia na cintura
Foi alvo de uma revista de segurança e encontraram a arma que este ocultava na cintura, debaixo das roupas. Apesar da arma ter a configuração e o peso idêntico às armas de fogo em uso nas forças e serviços de segurança, tratava-se de uma arma de ar comprimido.
O suspeito autorizou uma busca à sua tenda, onde, além do material elétrico furtado que já estava a ser usado, foram encontradas duas botijas de gás e recargas de munições para a arma de ar comprimido, 90 doses de haxixe e 830 euros, em notas com valor facial baixo.
Montou tenda para vender droga a campistas
"Tudo leva a crer que o suspeito, aproveitando a segurança que o espaço proporciona, nomeadamente longe dos olhares da polícia" e o facto de haver "clientes ali perto", teria montado uma tenda no parque para vender drogas aos campistas que, assim, nem necessitavam de sair do parque para se abastecer.
O jovem de 22 anos foi detido e apresentado a primeiro interrogatório judicial. Ficou sujeito a Termo de Identidade e Residência e proibido de frequentar o Parque de Campismo de Monsanto e a zona de Benfica.