Caso ainda esteja escondido na serra da Freita e não tenha acesso a água potável, Pedro Dias poderá estar num severo estado de desidratação.
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"Dois terços do nosso organismo é composto por água, que perdemos diariamente pelo suor, urina e fezes. Um ser humano não aguenta mais de 72 horas (três dias) sem ingerir líquidos. Aliás, ao fim de 20 horas já podemos estar severamente desidratados ou mesmo inconscientes", explicou, ao JN, Susana Fernandes, médica no Hospital de Braga.
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Por outro lado, o género pode fazer a diferença, "pois as mulheres podem perder mais líquidos". No que diz respeito à alimentação, e dependendo da constituição física, é possível sobreviver até dois meses sem comer. "Não é normal, mas pode acontecer. Temos visto, em situações extremas de catástrofes naturais, pessoas a sobreviverem longos períodos sem comida. Mas nunca sem água", sublinhou a clínica. Há diversos casos de greves de fome em que foram ultrapassados os 50 dias sem comer, embora com sequelas físicas.
No caso de Pedro João Dias, água não lhe faltará na zona da Freita onde desapareceu, próximo dos rios Paivó e Paiva. Comida também não lhe será difícil arranjar naquelas localidades onde costuma negociar gado.