Seguranças de discoteca acusados de ficarem "de braços cruzados" perante rixa mortal

Diogo "Xió" está em prisão preventiva
Foto: Carlos Carneiro
Tamara Passos, que estava na discoteca Noa, em Famalicão, na noite de 2022 em que Hugo Ribeiro foi assassinado à porta do estabelecimento, disse ontem, em tribunal, que os seguranças ficaram “de braços cruzados a assistir de camarote”. Um dos seguranças disse que não lhes competia intervir do lado de "fora da porta".
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“Ninguém se mexeu”, declarou Tamara Passos, em nova sessão do julgamento, por homicídio, de Bruno “Espanhol” e Diogo “Xió”, referindo-se ao moento da rixa entre estes dois e o grupo da vítima.
Bruno e Diogo são acusados de ter morto Hugo Ribeiro, de 21 anos, à facada e com uma pedra na cabeça.
Segundo Tamara, mãe de uma filha de Xió, o grupo de Hugo terá começado uma “rixa enorme” e foi expulso da discoteca. Já no exterior, a testemunha viu um grupo a “bater” nos arguidos. “E os seguranças estavam lá parados e não fizeram nada”. Acrescentou que “todos bateram e todos levaram” e que o grupo que agrediu “Xió”, a certo momento, “começou a correr em direção ao portão e atrás o Diogo e o Bruno”. Quando estes regressaram, Tamara abalou com eles num “uber”.
Um segurança da discoteca, Domingos Couto, testemunhou que o grupo de Hugo Ribeiro estava exaltado, sendo este o “mais calmo”, e justificou que ele e os colegas não intervieram porque a rixa já ocorreu “fora da porta”. Nestas circunstâncias, disse, “não nos compete a nós intervir”.
