O Supremo Tribunal de Justiça aumentou de nove para dez anos de prisão a pena aplicada a Rómulo Costa, um português condenado por ter colaborado com o Estado Islâmico e ajudado no financiamento da organização terrorista. Os juízes mantiveram a mesma pena a Cassimo Turé. Irá cumprir oito anos e meio de prisão
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Os dois arguidos foram condenados em 15 de dezembro de 2020, pelo Tribunal de Lisboa, por apoio, auxílio e colaboração com terrorismo islâmico, "em concurso aparente com o crime de financiamento ao terrorismo" e absolvidos dos crimes de adesão e recrutamento de militantes para organizações terroristas.
O acórdão de primeira instância, entretanto confirmado pela Relação de Lisboa, deu como provado que Cassimo Turé e Rómulo Costa "eram conhecedores da situação político-militar vivida na Síria, estando também ao corrente das convicções político-religiosas extremistas de Nero Saraiva, Sadjo Turé (irmão de Cassimo), Edgar Costa e Celso Costa (irmãos de Rómulo), Fábio Poças e Sandro Marques, bem como da pretensão dos mesmos, de forma organizada, através de um grupo que formaram no Reino Unido (Londres), de se juntarem a organizações terroristas".
Os outros suspeitos foram também acusados, mas o seu processo foi separado em 2020, por terem sido feitos prisioneiros na Síria ou estarem em paradeiro incerto, presumivelmente mortos. Rómulo e Cassimo nunca chegaram a ir para a Síria.
Rómulo Costa está em prisão preventiva desde 2019, ano em que foi detido pela Unidade Nacional Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária