Juízes consideraram que pena de 25 anos era "manifestamente excessiva". Arguida ainda era menor quando praticou crimes.
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Foi condenada a 25 anos de prisão por ter violado e ameaçado, dezenas de vezes, uma aluna da Escola Secundária de Angra do Heroísmo, nos Açores, onde também importunou sexualmente outras três estudantes. Mas, porque tinha apenas 17 anos quando começou a praticar os crimes, o Supremo Tribunal de Justiça decidiu aplicar-lhe uma pena de oito anos de prisão, perdoando-lhe 17 anos de reclusão. Os juízes conselheiros consideraram que a pena máxima aplicada em primeira instância era "manifestamente excessiva".
No passado mês de fevereiro, o tribunal açoriano condenou a jovem mulher por 51 crimes de violação agravada, cometidos contra a principal vítima, seis de importunação sexual, perpetrados contra outras três alunas e ainda por um crime de ameaças. Além dos 25 anos de prisão, o tribunal de primeira instância também aplicou as penas acessórias de proibição de confiança de menores e de exercício de profissão ou atividades que envolvam contacto regular com crianças, por um período de 20 anos, bem como o pagamento de 56 mil euros de indemnizações às vítimas.