O empresário Fernando Valente, que está a ser julgado pelo assassinato da grávida da Murtosa, entrou pela primeira vez sem algemas no Palácio da Justiça de Aveiro. É suspeito de matar e esconder o cadáver de Mónica Silva, que estava grávida de sete meses quando desapareceu.
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O arguido viajou algemado dentro do carro-patrulha da GNR, procedimento que faz parte do protocolo de segurança, mas, entretanto, a GNR, pela primeira vez, retirou-lhe as algemas quando chegaram ao local e Fernando Valente estava ainda sentado no banco de trás do veículo. O arguido saiu então com as mãos livres, pela primeira vez, desde que começou o julgamento, na segunda-feira, levando a lancheira para almoçar dentro do Palácio da Justiça de Aveiro.
A algemagem, quando o suspeito de matar Mónica Silva entrava e saía através da porta de serviço situada nas traseiras do Palácio da Justiça de Aveiro, foi alvo de polémica, e questionada pela juíza-presidente do Tribunal do Júri, Diana Tavares Nunes, à GNR.
A magistrada sugeriu então uma solução de concordância prática, segundo a qual se garantissem a segurança pública e do arguido, mas sem que o acesso para as instalações judiciais pudesse ser interpretado como um eventual agravamento das medidas de coação, o que não se verificou, porque Fernando Valente está ainda em prisão domiciliária e com pulseira eletrónica no seu apartamento de Pedroso, Gaia.