Um agente da PSP de Lisboa foi atingido numa mão com um tiro de uma pistola de gás comprimido quando acorria a uma situação de violência doméstica. O agressor, de 40 anos, e apesar de proibido pelo Tribunal, estava a tentar contactar com a ex-companheira que, em pânico, acionou o aparelho de teleassistência. Foi detido e ficou em prisão preventiva.
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A situação, divulgada esta quarta-feira pela PSP, ocorreu na sexta-feira, nos Olivais, Lisboa, quando os agentes se deslocaram à residência da vítima, que acionou o aparelho de teleassistência que lhe estava adstrito.
De acordo com a mulher, na sexta-feira, de forma repetida, e à semelhança de outros dias, o ex-companheiro estaria nas imediações da sua residência a tentar entrar em contacto com ela.
"Para além desta medida de proteção, sobre o suspeito recaía a medida de proibição de contactos com ofendida por qualquer meio, bem como estaria impossibilitado de se encontrar a menos de 500 metros da vítima e ainda a proibição de adquirir e usar quaisquer armas ou objetos capazes de serem utilizados para cometer crimes contra as pessoas", sublinha, em comunicado, a PSP.
Após o contacto com a vítima "foi possível perceber a tentativa de entrada do suspeito no prédio onde esta residia, tendo esta Polícia ido de encontro ao mesmo na tentativa de o intercetar e identificar".
O homem, ao aperceber-se que estava prestes a ser detido, "fez recurso a uma arma, que posteriormente apurou tratar-se de uma réplica de arma de fogo, modelo Glock 19, com utilização de gás comprimido CO2, tendo atingido um dos polícias numa das mãos e fugido do local".
Foram efetuadas algumas diligências e o indivíduo foi intercetado alguns minutos depois.
"Pelos factos aqui descritos que podem configurar, em abstrato, os crimes de violência doméstica e de ofensas à integridade física qualificada, ameaça e coação e, concomitantemente, a previsibilidade de eventual continuação da atividade criminosa, perturbação do normal decurso do inquérito e pela segurança da vítima foi o detido presente a autoridade judiciária, sendo-lhe aplicada a medida de coação de prisão preventiva", concluiu a PSP.