As testemunhas ouvidas, esta segunda-feira, no julgamento de Pedro Guerra, comentador benquista acusado de dois crimes de difamação, num processo movido pelo F. C. Porto e pelos dirigentes portistas Pinto da Costa e Luís Gonçalves, defenderam que aquele "só fala do que tem a certeza".
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No programa "Prolongamento", da TVI 24, Pedro Guerra questionou a mudança "súbita" do árbitro de um jogo, em 2018, entre o Belenenses e o F. C. Porto. Estava nomeado Fábio Veríssimo, mas em seu lugar apareceu Carlos Xistra. Os portistas venceram graças a um penálti controverso.
Segundo a acusação, Pedro Guerra deu a entender que a mudança de árbitro se deveu a pressão do F. C. Porto e desafiou o Conselho de Arbitragem a dar explicações. Mas aquela troca deveu-se à morte de um familiar direto de Fábio Veríssimo.
Pedro Proença, advogado que era comentador em representação do Sporting, testemunhou esta segunda-feira que Pedro Guerra "é um homem que só fala quando tem substância, está sempre acompanhado de documentos que lhe dão razão". "Por isso, não acredito que fosse mentir para o programa", disse.
Depois, a testemunha contou que Pedro Guerra, "quando soube que Veríssimo não pode fazer o jogo por morte de uma familiar, apresentou condolências".
António Rola, ex-árbitro e comentador da Benfica TV, prestou testemunho no mesmo sentido, tal como fez, de resto, o empresário de futebol César Boaventura, que afirmou que Pedro Guerra "é bom moço".
O julgamento continua a 23 de março.