A Brisa encontrou três malas, na berma de Autoestrada n.º 2 (A2), em Albufeira, 72 quilos do que parecia ser haxixe. Pensou-se, de imediato, que se estava perante um caso de narcotráfico e foram acionados meios policiais. Mas os testes realizados pela GNR não confirmaram que o produto encontrado era droga.
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As dúvidas só serão desfeitas pelas análises a fazer no Laboratório de Polícia Científica, da Polícia Judiciária.
Eram cerca das 15 horas de quinta-feira, quando o motorista de uma viatura da Brisa detetou três malas na berma de uma das faixas de rodagem da A2, que atravessa a localidade de Paderne, em Albufeira.
Chegado junto às bagagens, o funcionário da concessionária descobriu que estas estavam repletas de pacotes embrulhados em película, tal e qual como costumam ser acondicionadas as placas de haxixe.
Julgando que tinha encontrado 72 quilos de produto estupefaciente, o condutor alertou as autoridades.
A GNR deslocou para o local vários meios, incluindo militares do Núcleo de Investigação Criminal, que efetuaram um primeiro teste ao produto.
Análises na PJ
Fonte oficial da GNR declara, ao JN, que essa análise não confirmou que se tratava de haxixe, nem de qualquer outro tipo de droga. Por este motivo, o caso foi comunicado ao Ministério Público de Albufeira e o procurador ordenou que a descoberta suspeita fosse encaminhada para o Laboratório de Polícia Criminal para ser sujeita a análises mais complexas.
Serão estas que revelarão, sem margem para dúvidas, que tipo de material estava acondicionado no interior das malas encontradas na berma da A2.
Em causa pode estar o que, na gíria, se denomina de “banhada”. Trata-se de um negócio entre traficantes, no qual uma das partes tenta vender um produto inócuo como se fosse droga.