“Todos os ciclistas se dopavam”, afirma ex-diretor da equipa W52-F. C. Porto
O arguido Nuno Ribeiro garantiu esta quinta-feira que, na equipa de ciclismo W52-F. C. Porto, de que era diretor desportivo, “todos os ciclistas se dopavam”. Isso era do conhecimento de “toda a estrutura” da equipa, mas não do então presidente do F. C. Porto, Pinto da Costa, ressalvou, no julgamento da “Prova Limpa”.
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“Cheguei a falar algumas vezes com os ciclistas, para que parassem, mas eles diziam que não andavam se não o fizessem”, contou o ex-diretor desportivo, na continuação do seu depoimento no julgamento do processo, que tem 26 arguidos, entre eles ex-ciclistas. Há dez dias, Nuno Ribeiro prestara as primeiras declarações, acusando o patrão da extinta W-52, Adriano Quintanilha, de financiar e incentivar o doping na equipa para obter bons resultados desportivos.
Esta quinta-feira, Ribeiro negou ter instigado os ciclistas a consumir substâncias ilícitas. E disse que o doping chegava aos quartos dos atletas não pelas suas mãos, mas pelas dos massagistas da equipa.