Dois homens e uma mulher, com idades entre os 20 e os 40 anos, foram detidos pela Polícia Judiciária por suspeita de vários crimes de burla qualificada, acesso ilegítimo/falsidade informática e branqueamento de capitais. Graças a um falso site bancário, apoderaram-se e dissiparam 125 mil euros de uma empresa.
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A investigação da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T) iniciou-se em janeiro deste ano após a denúncia de uma empresa nacional, vítima de "phishing/smishing" bancário. Um responsável da firma fora ludibriado a utilizar uma página da internet que pensava ser do banco da empresa. A seguir à introdução de dados na falsa página, em tudo idêntica à original, a empresa foi contactada por supostos funcionários do banco.
Através de um elaborado estratagema conseguiram efetuar várias transferências bancárias que originaram um prejuízo de 125 mil euros. A quantia arrecadada foi depois fragmentada pelos suspeitos através de várias transferências bancárias para várias contas, dissipando posteriormente esses fundos.
"As várias diligências encetadas, assentes em análise de informação e movimentações bancárias, culminaram na identificação dos suspeitos, intervenientes primários e secundários, todos responsáveis por receber/dissipar fundos e/ou angariar “colaboradores”, titulares das contas primárias", explica um comunicado da PJ.
As dez buscas domiciliárias realizadas nas zonas da Grande Lisboa e do Grande Porto possibilitaram a recolha de vários elementos com valor probatório, designadamente telemóveis e documentação. Os três detidos, com idades entre os 20 e os 40 anos, irão ser presentes a primeiro interrogatório judicial, para aplicação da medida de coação adequada.