A PJ anunciou a detenção de três homens por crimes de roubo agravado, sequestro e homicídio. Um dos crimes ocorreu em Cascais e um homem de 90 anos morreu.
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A PJ localizou, identificou e deteve os três homens, de 48, 28 e 27 anos, numa operação realizada no passado sábado pelas secções de investigação de roubos e de homicídios da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo.
Em comunicado divulgado esta segunda-feira, a PJ indica que os três detidos estão "fortemente indiciados pela prática de crimes de roubo agravado, sequestro, homicídio, recetação e detenção de arma proibida".
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"Um dos detidos é fortemente suspeito da autoria de vários roubos violentos em residências, visando sempre pessoas especialmente vulneráveis em razão da idade, os quais foram praticados desde finais de 2019 até ao passado dia 23, em Algés, Oeiras, Cascais e Moscavide", acrescenta a PJ.
"Nos factos cometidos por dois dos ora detidos em Cascais, já durante este mês, uma das vítimas, um homem, de 90 anos, veio a falecer após ter sido agredido pelos autores, os quais sequestraram, também a sua esposa", refere a PJ, referindo-se a Pinto de Almeida, coronel reformado, que foi espancado e acabou por morrer.
De acordo com a investigação, "posteriormente aos assaltos, o produto dos mesmos era entregue ao terceiro detido, o qual faz da recetação de objetos furtados ou roubados, o seu modo de vida habitual".
Na operação foram apreendidos diversos bens, nomeadamente, "uma elevada quantidade de objetos em ouro, numerário, produto estupefaciente e uma arma de fogo ilegal e devidamente municiada".
Faziam-se passar por vendedores de aspiradores
A PJ explica que a "arma foi encontrada no interior de uma viatura utilizada por um dos detidos, o qual possuía ali, também, um par de binóculos para vigiar previamente os alvos e um aspirador em estado novo, com o qual se apresentava à entrada das residências das vítimas, para que as mesmas pensassem que de um vendedor se tratava, assim lhe entreabrindo as portas e facilitando a intrusão".
Todos os autores têm antecedentes pela prática de crimes idênticos e um deles já esteve preso no estrangeiro.
Os detidos vão ser presentes esta segunda-feira a primeiro interrogatório judicial.