Três homens foram detidos em Penacova, Chaves e Póvoa de Varzim por suspeita de terem ateado fogos florestais. Um deles foi apanhado em flagrante delito.
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A PJ, através da Diretoria do Centro, "em estreita colaboração com a GNR de Penacova, recebeu um homem detido por populares, em flagrante delito, pela presumível prática de um crime de incêndio florestal, ocorrido ontem [segunda-feira], cerca das 22 horas", informou a Judiciária em comunicado.
O suspeito, um madeireiro de 48 anos, "usando chama direta, iniciou dois focos de incêndio, próximos um do outro, num extenso coberto florestal, tendo os mesmos sido de imediato apagados pelos mesmos cidadãos que procederam à detenção", acrescenta a nota.
"Há ainda fortes indícios de que o suspeito seja o autor de um grande incêndio que ontem deflagrou na localidade de Lavradio", na União de Freguesias de Oliveira do Mondego e Travanca do Mondego, no concelho de Penacova (distrito de Coimbra), pelas 18 horas.
Este incêndio, cujo combate chegou a mobilizar 220 operacionais, 65 viaturas e um meio aéreo, de acordo com a Autoridade Nacional de Proteção Civil, e obrigou ao corte da circulação automóvel no IC6 - via que liga o IP3 à Estrada da Beira (N17) - durante cerca de oito horas, foi dominado pelas 03.30 horas.
O detido vai ser presente às autoridades judiciárias competentes para primeiro interrogatório e eventual aplicação das medidas de coação tidas por adequadas, adianta a Polícia Judiciária.
Pastor detido em Chaves
A Polícia Judiciária de Vila Real anunciou a detenção de um pastor de 39 anos suspeito de ter ateado quatro incêndios florestais no concelho de Chaves. O detido, informou a PJ em comunicado, está "fortemente indiciado pela prática do crime de incêndio florestal".
O pastor é suspeito da autoria de quatro fogos que deflagraram entre 28 de julho e 5 de agosto numa freguesia do concelho de Chaves, distrito de Vila Real, e que "consumiram diversas áreas de floresta", colocando "em perigo grandes manchas florestais, constituídas por mato e diverso tecido arbóreo de valor elevado".
Segundo a polícia, estas áreas "apenas não foram consumidas devido à rápida deteção e intervenção dos bombeiros".
O homem, que foi detido por elementos da Unidade Local de Investigação Criminal de Vila Real, vai ser presente a interrogatório judicial para eventual aplicação de medidas de coação.
A agência Lusa tentou obter mais informação junto da PJ de Vila Real, que não se mostrou disponível para prestar declarações.
Detido suspeito de atear dois incêndios por "diversão"
A PJ anunciou também, esta terça-feira, a detenção do "presumível autor" de dois crimes de incêndio florestal, "por motivos fúteis e num quadro de diversão", numa freguesia do concelho da Póvoa de Varzim, distrito do Porto.
O homem, de 20 anos, atuou quando se deslocava de bicicleta "por caminhos florestais próximos do local de residência" e usou um isqueiro para iniciar "dois focos de incêndio florestal".
Segundo fonte ligada à investigação, o jovem afirmava querer vir a ser bombeiro.
No incêndio de maiores proporções, "arderam cerca de 117 hectares de floresta, composta por eucaliptal e pinheiro", acrescenta a PJ.
"Os prejuízos resultantes de tal comportamento foram elevados e causaram grande alarme social na zona, só não tendo atingido outra manchas florestais dado a sua deteção e combate efetuado pelos bombeiros", destaca aquela força policial.
Quanto ao incêndio de pequena dimensão, a PJ refere que atingiu meio hectare de floresta.
No comunicado, a PJ afirma que a operação foi desenvolvida pela Diretoria do Norte, que "identificou e deteve o presumível autor da prática de dois crimes de incêndio florestal, ocorridos ao final da manhã dos dias 18 e 19 de maio".
"O detido, de 20 anos de idade, cantoneiro inativo, sem antecedentes policiais, vai ser presente a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação tidas por adequadas", revela a PJ.