Um casal, que integrava uma rede de traficantes de droga, foi condenado pelo Tribunal de Beja, na sexta-feira, 1 de março, em penas de oito anos de prisão e ao pagamento solidário ao Estado da quantia de 649.174 euros.
Corpo do artigo
Este é o montante do património incongruente (porque não declarado à Autoridade Tributária) e que se julga resultar da atividade ilícita de ambos os arguidos, conforme sustentava o Ministério Público (MP). O pagamento deve ser feito dez dias após o trânsito em julgado do acórdão, mantendo o tribunal, até lá, o arresto de bens do casal, como garantia do pagamento.
Da rede familiar desmantelada em 5 de dezembro de 2022, em Aljustrel, faziam parte vários membros da mesma família, seis homens e duas mulheres, com idades entre os 23 e os 48 anos.
O coletivo de juízes que julgou o caso condenou seis dos arguidos a penas entre dois anos e três meses e os oito anos de prisão, sendo que três das penas foram suspensas. Dois dos arguidos foram absolvidos.
No dia 2 de dezembro de 2020, quando a GNR levou a cabo a operação de desmantelamento da rede, deu cumprimento a 12 mandados de busca. Foram então apreendidas 250 doses de haxixe e 20 de cocaína, 22 pastilhas de ecstasy, 198 comprimidos utilizados como produto de corte, 15 saquetas de nicotina e três garrafas de óxido nitroso.
Também foram levados pelos militares sete telemóveis, cinco balanças de precisão, um petardo, uma tesoura e seis facas, 3675 euros em numerário, 40 libras em notas, 17 anéis de ouro e dois de prata, seis viaturas e uma moto de água, que os investigadores consideraram resultantes da venda de estupefacientes aos consumidores, o que o MP defendeu e o tribunal deu como provado.