Há um ano, a evasão de cinco reclusos da cadeia de Vale de Judeus, na Azambuja, deu dimensão pública aos problemas que há muito afetavam o sistema prisional. A Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) garante que, 12 meses passados, foram concluídas intervenções em diferentes prisões, há obras à espera de adjudicação e estão em curso procedimentos para evitar a repetição da fuga. Porém, há hoje mais reclusos e menos guardas em prisões degradadas e sem sistemas de vigilância eficazes.
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"As cadeias estão mais inseguras, ao ponto de terem sido marcadas greves para exigir a segurança dos trabalhadores e dos estabelecimentos prisionais", critica o presidente do Sindicato do Corpo da Guarda Prisional, Frederico Morais. O líder da Associação Sindical dos Profissionais do Corpo da Guarda Prisional, Jorge Alves, assegura que as "medidas anunciadas estão apenas no papel" e o representante dos chefes da Guarda Prisional, Hermínio Barradas, denuncia a "falta de coragem" do Governo para alterar um modelo que há muito caducou. O presidente da associação dos diretores das prisões, Luís Couto, frisa que "nada foi implementado".