Vítima identifica Hugo Loureiro como agressor durante Assembleia Geral do F. C. Porto
Marta S., testemunha no processo da Operação Pretoriano, que está a ser julgado no tribunal de São João Novo, no Porto, identificou hoje Hugo Loureiro, um dos arguidos, como o homem que a agrediu na noite da Assembleia Geral Extraordinária, do F. C. Porto, em novembro de 2023.
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“É aquele senhor que está ali. Não tenho qualquer dúvida”, disse convictamente Marta S., apontando para Hugo Loureiro, “Fanfas”. A testemunha disse que após ter visto um senhor que estava à sua frente ser agredido com dois socos, decidiu sair da Bancada Norte do Dragão Arena.
Estava a subir as escadas quando "Fanfas" lhe agarrou no braço e lhe disse "És Villas-Boas" e deu-lhe dois pontapés na perna direita. Depois disse para se ir embora se não levava mais. Através dos vídeos, conseguiu identificar quem era o agressor e um elementos dos Super Dragões disse-lhe que era Hugo Loureiro. Soube depois, através do clube, que não era sócio do F. C. Porto.
Marta contou que havia elementos estrategicamente colocados nos varandins do pavilhão para ver “quem fazia e quem não fazia, especialmente as filmagens, e quem não gritava Pinto da Costa. Sempre que alguém não gritava, havia sempre alguém que ia lá dizer que era para gritar”.
A sócia contou que se apercebeu de movimentações na sua bancada, “muita confusão, com pessoas a subir e a descer as escadas”. Depois viu alguém que não conseguiu identificar a agredir um senhor com dois socos. Nessa altura decidiu sair daquele local, mas ficou retida e foi naquele momento que foi agredida.
“Havia poucos elementos da SPDE e demoraram muito tempo a fazer alguma coisa. E, em vez de agarrar na pessoa que estava a bater, agarraram na pessoa que estava a levar”, descreveu. “A Assembleia continuou impávida e serena como se nada tivesse acontecido. Continuaram os trabalhos”, criticou.
“Senti medo, muito medo”, confessou, revelando que foi insultada e olhada de lado já na Assembleia Geral de novembro de 2024, já com esta direção. Foi questionada porque é que não se tinha ido embora se tinha sentido medo. “Porque é que havia eu de ir embora? Não fiz nada de errado”, justificou.