O Capelão da Marinha, Licínio Luís, está no centro de uma polémica em torno das agressões que resultaram na morte do agente da PSP Fábio Guerra, alegadamente agredido por dois fuzileiros. No Facebook, o capelão escreveu "o senhor Almirante que aguarde pela justiça. Julgar sem saber, não corre nada bem". "Os jovens estavam a divertir-se e foram provocados (..). O senhor Almirante nunca foi para a noite? Nunca bebeu uns copos?", questionou.
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A publicação no Facebook não caiu bem na hierarquia e Licínio Luís, que entretanto apagou o texto, ter-se-á reunido com o Almirante Gouveia e Melo, segundo noticia esta terça-feira o jornal "Expresso", a quem pediu desculpa.
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O capelão, que tem milhares de seguidores no Facebook, reagia às declarações de Gouveia e Melo sobre as agressões da madrugada do dia 19 de março, junto a uma discoteca de Lisboa, que envolveram fuzileiros e agentes da PSP de folga.
O almirante afirmou que "os acontecimentos do último sábado já mancharam as nossas fardas, independentemente do que vier a ser apurado" e apelidou de "covardes" quem pontapeia "um ser caído no chão".
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Licínio Luís saiu em defesa dos fuzileiros, referindo que "os nossos jovens têm direito a serem respeitados. Os jovens da PSP estavam no mesmo âmbito e alcoolicamente tão bem dispostos como os nossos. Juízo com os nossos julgamentos".
De acordo com o Expresso, chegou a ser pensada a exoneração do capelão. O JN tentou contactar diversas vezes, e sem sucesso, o porta-voz da Marinha e o capelão Licínio Luís.