O Tribunal de Braga condenou, esta quinta-feira, a três anos de prisão, com pena suspensa, uma mulher de Vila Verde por 27 crimes de difamação contra dois vereadores do município e de um magistrado do Ministério Público do tribunal local.
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O juiz-presidente do coletivo considerou provados os crimes, maioritariamente concretizados através do envio de e-mails que classificou como "inaceitáveis". Instou ainda a arguida, Paula Cristina Moreira, de 48 anos, a não repetir este tipo de crimes, já que tem o hábito de os enviar às mais variadas pessoas e instituições. Paula Moreira não compareceu nas audiências.
O tribunal concluiu também que a arguida é imputável, ou seja, que está na posse das suas faculdades mentais, não aceitando a tese do advogado de defesa, João Araújo Silva, segundo a qual ela sofreria de perturbações comportamentais
A arguida foi já julgada 18 vezes, pela prática de crimes semelhantes, tendo, na penúltima, sido condenada a 80 dias de prisão efetiva por insultar duas técnicas de uma IPSS. Porém, recorreu para o Tribunal da Relação de Guimarães, que ainda não proferiu decisão.
No caso agora sentenciado, em que nenhuma das vítimas pediu indemnização, estava acusada de insultar, por 39 vezes, os vereadores Patrício Araújo e Júlia Fernandes (atual presidente) e um magistrado.