Gémeos e sobrinho tinham sido detidos na quarta-feira. Foram ajudados a fugir do tribunal por namorada de um deles. Já no exterior, apanharam táxi.
Corpo do artigo
A fuga terá sido planeada e decidida quando estavam ainda nas instalações da PSP a aguardar a ida ao TIC. Ali chegados, e depois do primeiro interrogatório judicial, regressaram às celas, na cave do edifício, que tem como única entrada/saída a porta da garagem que dá para a Rua de Camões.
Minuto com a namorada
Quando aguardavam a decisão do magistrado, mas já ao corrente de que o procurador pedira a sua prisão preventiva, considerando o longo cadastro e perigosidade, às 17 horas foram de novo conduzidos à presença do juiz para o ouvirem aceitar o pedido do Ministério Público. Iam os três aguardar julgamento presos.
PSP em alerta
Aparentemente conformados, foram de novo conduzidos às celas, onde deveriam esperar a chegada do veículo celular para recolherem à cadeia de Custóias. E terá sido durante este percurso que um dos detidos pediu aos polícias que os escoltavam para lhe dar "um minutinho" para se "despedir" da namorada", tendo, segundo o que uma fonte contou ao JN, "obtido autorização".
E é aqui que começam a divergir as versões. Enquanto fonte policial refere que os detidos "aproveitaram a ocasião para manietar os agentes" e fugir, outra, que estava presente no tribunal na altura dos factos, garantiu que os três homens, depois de um deles ter estado "com a namorada", retomaram o caminho das celas e que foi dali que fugiram. "Ou a namorada de um deles roubou uma chave a alguém lá dentro e passou-lha quando esteve a abraçá-lo" ou então "o polícia esqueceu-se de trancar a cela".
Certo, e aqui ninguém diverge, é que os suspeitos subiram por uma escada interior até uma sala do segundo andar, abriram a janela e saltaram para o terraço do primeiro andar, por cima da CGD, e dali para a Rua de Gonçalo Cristóvão, em direção à Praça da República, onde foram vistos pela última vez a apanhar um táxi.
Lançado o alerta, a PSP desencadeou uma vasta operação que abrangeu toda a região do Grande Porto e residências de gente próxima dos foragidos.
OUTROS CASOS
13 de dezembro 2017
Vila Franca de Xira
Um homem de 30 anos, suspeito de dezenas de furtos de metais, fugiu do tribunal quando aguardava para ser interrogado pelo juiz de instrução. Não saltou janelas nem atacou ninguém. Esgueirou-se calmamente pela sala de testemunhas, desceu as escadas e atravessou todo o tribunal para desaparecer por uma porta das traseiras. Foi apanhado este verão, durante uma operação de trânsito.
11 de outubro de 2013
Alcácer do Sal
Um homem, de 23 anos, estrangeiro, que estava a ser ouvido em primeiro interrogatório no Tribunal da Alcácer do Sal, correu para a janela da sala de audiências e, quando os presentes esperavam que respondesse a uma questão do procurador, saltou de uma altura de cinco metros. Nunca mais foi visto.
3 de janeiro 2017
Pombal
Um homem de 25 anos, suspeito de furtos na zona de Pombal, fugiu por uma janela daquele tribunal, com mais de três metros de altura, quando estava a ser ouvido pelo juiz de instrução. Não há notícia de que tenha sido recapturado.