A Câmara vai dar mil euros por cada novo posto de trabalho criado na zona industrial de Figueira de Castelo Rodrigo. A medida destina-se a apoiar os empresários locais e a incentivar a fixação de mais empresas.
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Os mil euros por emprego não constitui a única ajuda anunciada, ontem, pelo município raiano. Também as empresas com lotes já adquiridos vão beneficiar de um apoio único para arranjo do exterior daquele espaço e reforço da rede eléctrica. "Não podemos deixar de lutar para tornar este território atractivo, para premiar os residentes e para tentarmos sempre aumentar o número de habitantes, caso contrário, e dentro de pouco tempo, teremos esta região despovoada", justifica António Edmundo, presidente da Câmara.
"As dificuldades que os concelhos da nossa região vivem, relativamente à fixação de indústria e pessoas, são do conhecimento de todos. Mas tivéssemos nós investimento de elevada importância da administração central, ou de privados com apoio público, e o cenário seria bem mais optimista", garante o edil social-democrata. À falta deles, caberá ao município fazer pela vida, estando já em vigor vários incentivos à fixação de população e empresas, bem como ao fomento da natalidade (ver caixa). "Trata-se de estimular quem quiser investir e residir na nossa terra, mas também de premiar os figueirenses", refere o autarca, realçando, sobretudo, "os esforços dos industriais locais na criação riqueza e postos de trabalho".
Contudo, apesar destas ajudas, António Edmundo admite que não se consegue "estancar a sangria populacional para o litoral, para Espanha ou para outras paragens", considerando que a desertificação do interior do país é "um problema nacional". Mesmo assim, o jovem presidente da Câmara não tem dúvidas de que a região estaria "bem pior se não existissem estes incentivos e as inúmeras reduções de taxas autárquicas".