Paulo Correia adquiriu computadores, mesas, cadeiras e outros equipamentos do edifício do Taguspark, em Oeiras. A redação foi despejada no final de julho de 2025 e a Trust in News, dona da Visão, fechou, mas a revista continua a ser produzida remotamente pela equipa editorial.
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A redação da revista "Visão", localizada no Taguspark, em Oeiras, foi despejada no final de julho de 2025, devido ao atraso no pagamento das rendas.
Mesas, cadeiras, armários e equipamentos de refeitório permaneceram no edifício e foram posteriormente leiloados eletronicamente pelo gestor judicial responsável pelo processo de insolvência da Trust in News (TiN), empresa proprietária da "Visão" e de outros 15 títulos, como "Exame", "Caras" e "Jornal de Letras".

"Comprámos todo o imobilizado da revista: computadores, televisões, refeitórios, cadeiras, secretárias, foi tudo comprado pela nossa empresa", enumera Paulo Correia, empresário de Barcelos e proprietário da Primeiros - Vendas de Ocasião, que pagou 19 mil euros pelo conjunto, avançou o jornal "O Minho".
Localizada na Rua Irmãos São João de Deus, em Arcozelo, a Primeiros - Vendas de Ocasião tem 10 anos de atividade. "A nossa principal atividade é a compra e venda de artigos usados e dedicamo-nos quase em exclusivo à compra em leilões e processos de execução judicial e fiscal", explicou Paulo Correia.
Publicação resiste
Com o imobilizado removido do Taguspark, a redação física da "Visão" deixou oficialmente de existir, mas a publicação ainda resiste. A equipa editorial mantém a produção remotamente, garantindo a saída de cada edição semanal, apesar das dificuldades enfrentadas.
Enquanto os bens da antiga redação se dispersam, a revista enfrenta ainda incertezas sobre o futuro do título, com propostas de compra já apresentadas por grupos externos, incluindo a AEIOU Ad Networks, e por jornalistas da própria "Visão", que pretendem manter o projeto editorial e a tiragem média de 15 mil exemplares.

