A jornalista da agência Lusa e ex-dirigente do Sindicato dos Jornalistas (SJ) Rosário Rato morreu na sexta-feira à noite, no Hospital dos Capuchos, em Lisboa, disse à Lusa fonte da família, este sábado.
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Nascida em junho de 1962, era Licenciada em Comunicação Social pela Universidade Nova de Lisboa, e iniciou a profissão na extinta ANOP (Agência Noticiosa Portuguesa, que deu origem à agência Lusa), transitando depois para a Lusa, onde entrou em abril de 1988 e trabalhou sobretudo na editoria Economia, especializando-se no acompanhamento das questões sindicais.
Foi delegada sindical, membro de vários Conselhos de Redação, vice-presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalista (CCPJ) e membro do Conselho Geral do Sindicato dos Jornalistas (SJ).
Com um longo historial sindical, Rosária Rato era atualmente membro do Conselho Geral, um dos três órgãos do Sindicato dos Jornalistas, a par da Direção e do Conselho Fiscal.
"Além da referência como jornalista, Rosária Rato foi uma referência na luta por melhores condições de trabalho dos jornalistas em anos de vida dedicados ao SJ", comentou o presidente da Direção do Sindicato dos Jornalistas, Luís Filipe Simões.
A Direção de Informação (DI) da Lusa emitiu uma nota interna a lamentar o falecimento. "Morreu a nossa querida Rosária Rato, a notícia que não queríamos dar", lê-se no documento, a que o JN teve acesso.
O texto lembra a "Rosária marcou quem a conheceu, como ser humano, como jornalista" e recorda a carreira da jornalista, que estagiou na ANOP, a génese da Lusa. "Na agência, como na vida, notabilizou-se pelo seu trabalho sobre sindicalismo. Foi representante dos jornalistas, dentro e fora das paredes da agência, como vice-presidente do sindicato e depois na comissão da carteira", escreve a DI da agência de notícias portuguesa.
"A Rosária marcou pelo seu grande profissionalismo, retidão, pelas suas qualidades humanas, capacidade de diálogo e de conciliação sem nunca por de lado as suas convicções", lê-se na nota. "A DI manifesta sentidas condolências à família e amigos da Rosária, que a acompanharam especialmente ao longo da sua luta contra a doença", finaliza o documento, assinado por Luísa Meireles, Maria de Deus Rodrigues e Nuno Simas.