A série "The Last of Us" e o filme "Oppenheimer" lideram a lista dos mais pirateados na Internet em 2023, ano em que o download e o streaming ilegal de programas e longas-metragens atingiram um novo máximo, mostram dados de várias consultoras e sites de rastreio de pirataria.
Corpo do artigo
De acordo com a Muso, empresa especializada em pirataria no audiovisual, de uma lista analisada de 730 mil filmes e episódios de programas televisivos assistidos pelo público de forma ilícita, o primeiro lugar coube à série pós-apocalíptica "The Last of Us", da plataforma de streaming HBO, que no ano passado registou uma média de 30 milhões de espectadores por episódio.
Inspirada num videojogo com o mesmo nome e muito elogiada pela crítica, com várias nomeações para importantes prémios da indústria, a série motivou 25% dos downloads e das visualizações ilícitas em todo o mundo. Embora os dados fornecidos pela Muso, cedidos à revista especializada "Wired", não permitam quantificar os descarregamentos, indicam que as séries e filmes nos seus rankings dos dez mais acedidos ultrapassam normalmente os dez milhões de acessos.
Os dados em causa estão em linha com os divulgados, em dezembro, pelo site especializado em partilha de ficheiros TorrentFreak, que colocava "The Last of Us" no topo de uma lista de dez séries mais procuradas, seguindo-se "The Mandalorian", "Loki", "Ahsoka" e "Secret Invasion", todas da plataforma Disney+.
No cinema, ainda segundo a Muso, a preferência dos piratas digitais recaiu sobre o filme "Oppenheimer", do realizador Christopher Nolan e que não está ainda no mercado doméstico de forma generalizada, seguindo-se "Avatar: O Caminho da Água", "John Wick: Capítulo 4", "Super Mario Bros O Filme" e "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso". "Barbie", de Greta Gerwig, que chegou à HBO Max há várias semanas, é o oitavo na lista.
Segundo um relatório da Kearney, consultora global especializada em media e entretenimento que usa dados da Muso, e ao qual o jornal "Público" teve acesso, as séries são o género mais procurado para consumo ilegal (68%), seguidas pelos filmes (24%) e pelo desporto em direto (7%) - que, a par da animação japonesa (anime), tem as maiores taxas de crescimento desde 2018.