Autarca volta a governar em maioria depois de em 2005 ter sido "vítima" da candidatura de Ferreira Torres. PSD também subiu votação.
Corpo do artigo
Armindo Abreu reconquistou para o PS a maioria absoluta em Amarante por 759 votos. O socialista vai assim governar sem os apertos da Oposição a que foi sujeito no último mandato autárquico. Na ocasião, o socialista foi "vitima" do fenómeno Ferreira Torres, que tentava na terra natal destronar o socialista. Retirou-lhe "apenas" a maioria, que agora é recuperada por Abreu. Desta forma o autarca amarantino, à luz da Lei Eleitoral Autárquica, avança para o último mandato com três vereadores, além do presidente (quatro mandatos) contra os três vereadores do PSD.
No balanço eleitoral, o PS liderado por Armindo Abreu, obteve 16.411 votos contra os 15.652 votos do PSD de José Luís Gaspar. Ainda assim o social-democrata subiu a votação do partido em mais de cinco mil votos. Insuficiente, porém, para cantar vitória.
Como se vê foi difícil a vitória do PS. O PSD que oito anos depois voltou a candidatar José Luís Gaspar, vendeu cara a derrota. Já o tinha feito nessa ocasião. Voltou, ontem, a fazê-lo.
Por exemplo, com uma freguesia por apurar o socialista tinha 46,82% dos votos, e quatro mandatos alcançados. Já o PSD, somava 44,31%. 769 votos faziam a diferença. Porém ainda estavam por atribuir três mandatos.
O CDS-PP obteve 2,18% dos votos. Refira-se que o CDS-PP, este ano, regressou às eleições em Amarante com Moura e Silva, depois de há quatro anos ter abdicado da sua candidatura aos órgão municipais a favor do movimento de independentes "Amar Amarante" de Ferreira Torres.
O Bloco de Esquerda alcançou 2,16%. Os bloquistas voltaram a recandidatar o arquitecto Hugo Silva, que tem assumido protagonismo na luta contra a construção da Barragem de Fridão.
A coligação PCP-PEV obteve 2,07% dos votos.
No concelho de Amarante registaram-se 492 votos em branco 1,4%. Houve ainda 360 votos nulos. Num universo de 54.007 eleitores inscritos votaram 35.170, o que corresponde uma percentagem de votação de 65,04%.
Na Assembleia Municipal (AM) houve um empate de mandatos entre PS e PSD. Cada partido elegeu 19 deputados municipais. A presidência da AM contudo deve ser atribuída ao socialista Celso Freitas, o que, a acontecer, significa a sua recondução no cargo. Isto porque a lista do PS foi a mais votada, (16.051 votos) comparativamente com a do PSD (15.312 votos). Ou seja, o PS venceu a votação para a Assembleia Municipal por 739 votos, mas não tem maioria, facto que irá obrigar os socialistas a muita ginástica para conseguir a aprovação das matérias mais delicadas. Tal como na votação para a Câmara, na Assembleia Municipal, PS e PSD, aumentaram as respectivas votações.
No resto da votação para a AM destaque para o regresso da CDU. A Coligação Democrática Unitária elegeu um deputado municipal. Bloco de Esquerda e CDS elegem, também, um deputado cada.