<p>A Câmara de Caminha reconheceu hoje que o funcionário responsável pela distribuição dos boletins de voto pelas freguesias se enganou "no caixote", levando para Vilar de Mouros alguns boletins referentes às eleições para o Parlamento Europeu.</p>
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"Como os boletins são muito parecidos, o funcionário não deu pela diferença e levou alguns errados para Vilar de Mouros. Mas convém sublinhar que os próprios elementos da Assembleia de Voto também não deram por nada", referiu fonte da Câmara.
A fonte acrescentou que a lei "não estipula qualquer prazo" para a devolução, ao Governo Civil, dos boletins de voto sobrantes de cada eleição.
"As Europeias foram em Junho, entretanto meteram-se as férias e os boletins dessas eleições acabaram por ainda não ter sido devolvidos. Esta grande proximidade dos actos eleitorais é que esteve na origem deste engano", disse ainda.
Na freguesia de Vilar de Mouros, alguns boletins de voto hoje disponibilizados, nas eleições para a Assembleia da República, eram referentes às eleições para o Parlamento Europeu.
Trinta e cinco eleitores acabaram por exercer o seu direito de voto nesses boletins, em que não constavam o PND e o PPV, partidos que não concorreram às Europeias mas que apresentaram candidaturas às Legislativas pelo círculo de Viana do Castelo.
Estas duas forças já anunciaram que vão apresentar queixa à Comissão Nacional de Eleições e pedir a impugnação do acto eleitoral em Vilar de Mouros.
Em contrapartida, os eleitores de Vilar de Mouros podiam votar no POUS, partido que não concorreu às Legislativas por aquele círculo.
Uma eleitora detectou o erro cerca das 11:30, ou seja, três horas e meia após a abertura da Assembleia de Voto.
O acto foi interrompido e retomado mais tarde, já com os boletins correctos.