“Quero uma Caixa Geral de Depósitos totalmente virada para o crédito, não só para as famílias, mas também para as pequenas e médias empresas”, afirmou Paulo Portas num jantar em Viseu, considerando que aquela instituição “serviu para ser o carro vassoura de fraudes cometidas no BPN ou no BPP”.
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O candidato falava perante uma vasta assistência - “o maior jantar de sempre do CDS em Viseu” - e assegurou que pretende uma Caixa Geral de Depósitos “orientada para a economia real e não para a economia especulativa”.
Melhorar o subsídio de desemprego para os jovens e para os casais desempregados; mudar a política económica radicalmente para as pequenas e médias empresas; estabelecer o princípio de que quem trabalha mais, ganha mais (isentando de taxas as horas extraordinárias); facilitar o IRS para os “verdadeiros heróis”,ou seja, quem trabalha e estuda; e aumentar as pensões mais baixas tirando ¼ das verbas do rendimento social de inserção foram compromissos assumidos por Paulo Portas. A quem recebe o rendimento sem merecer, o líder do CDS aconselhou: “Vão trabalhar, que há muito para fazer”.
“Por que é que o número de filhos conta a multiplicar para dar o rendimento mínimo e não conta a dividir quando é para pagar o IRS?”, questionou, também. “O número de filhos dev contar verdadeiramente para o IRS que as pessoas têm de pagar”, sublinhou Portas.
Num discurso em que defendeu, também, a autoridade dos professores - “em casa manda a família, na escola mandam os professores”-, Paulo Portas denunciou que os docentes “são obrigados a passar os alunos de ano”, em nome da estatística.
Paulo Portas falou perante uma sala repleta. Tão cheia que, inicialmente, não havia mesas para todos. Pelo menos sete camionetas chegaram ao Expo Center (ao lado da discoteca Day After), com gente de todo o distrito de Viseu. Apenas pessoas do distrito, garantiram os responsáveis do CDS. Aos mil lugares inicialmente preparados foi preciso acrescentar mais algumas centenas, obrigando os funcionários a uma correria para montar mais mesas.