O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu que sem os democratas-cristãos os portugueses "ficariam reféns de dois partidos" que são "tremendamente clientelares" e que o seu partido está a incomodar quem está habituado a ser "dono dos votos".
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Numa resposta directa ao antigo líder do PSD, Marques Mendes, Portas afirmou que quando ouve "certos políticos dizerem que a eleição é entre Sócrates e Passos e que não há terceira via", há que dizer-lhes "que o CDS não é nenhuma terceira via, o CDS é a nova via, a nova escolha, a nova alternativa, a nova equipa, com um novo programa e uma nova esperança".
"Se não fosse o CDS nesta eleição, os portugueses ficariam condenados, ficariam reféns de dois partidos, que estão um bocadinho velhos e tremendamente clientelares. Alimentam-se do Estado e dependem do Estado. Nós, não", afirmou.
O CDS "incomoda e surpreende, incomoda partidos que estão habituados a serem donos dos votos, é preciso explicar-lhes que o único dono dos votos é o cidadão. E surpreende pela positiva os portugueses", declarou.
"Aqueles que acham que o CDS teve, como eles dizem com arrogância, votos emprestados, deputados emprestados, não perceberam uma coisa, é que quem votou CDS votou livremente porque o quis fazer, e quem vai votar CDS vai votar livremente, com convicção", sublinhou.
Sobre a abrangência do CDS, o presidente democrata-cristão ironizou, dizendo "que há tanta gente de tanto lado" nas iniciativas do partido que "um dia destes" até a forma de começar os discursos será diferente.
"Um dia destes vocês vão ver, eu terei que começar os meus discurso não apenas por minhas amigas e meus amigos, mas também por companheiras, companheiros e até camaradas", disse.
Portas disse respeitar "tanto os eleitores de sempre do CDS como aqueles que acham que em nome do futuro de Portugal, do interesse nacional, desta vez vão votar CDS".
"Uns e outros são importantes e eu atenderei a uns e a outros", declarou.