Não fossem os cartazes de boas-vindas à selecção canarinha e as bandeiras verdes e amarelas que nos levam ao Randpark Golf Club e ninguém diria que ali, naquele hotel luxuoso, está hospedada uma das mais valiosas selecções.
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O "escrete" não puxou dos galões em matéria de segurança, ao contrário, por exemplo, da selecção portuguesa, que apertou mais o cerco. Dois guardas e duas cancelas são o que de mais ameaçador o JN testemunhou no ninho canarinho.
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Resolvemos, então, pôr à prova tamanha bonomia e perguntámos a uma zelosa funcionária em que quartos estavam alojados os craques Robinho e Kaká, dado que os queríamos entrevistar. Do seu quase um metro e oitenta de autoridade, a sul-africana lançou-nos um olhar à ponta-de-lança e atirou um seco "I'm not allowed to speak to you" ("não estou autorizada a falar contigo"). Nem ela nem o contorcionista que se escondia por detrás do balcão de entrada, braços divididos entre três telefones. Umas vezes era para saberem coisas do Brasil, outras vezes era para ficarem a saber que a unidade hoteleira não está a aceitar reservas.
Nenhum problema
Rodrigo Paiva, chefe de comunicação da Confederação Brasileira de Futebol, confirma a tranquilidade brasileira: "Não tivemos nenhum problema. As coisas ficam no quarto, as roupas, as coisas pessoais de cada um..."
Por isso, só vieram do Brasil dois seguranças para guardar jóias tão raras como Kaká, Robinho e Maicon (os exemplos podiam estender-se a toda a equipa). Tudo o resto é a segurança normal providenciada pela FIFA.
"Este não é um país visado pelo terrorismo nem por outro tipo de acções violentas. Por isso é que a nossa segurança é a de sempre", contemporiza Rodrigo Paiva, claramente um optimista, pouco preocupado com a onda de assaltos a algumas delegações do Mundial da Áfrcia do Sul.