<p>Os Keane, apesar de não tão excitada como a de Jason Mraz, também tiveram direito a um grande acolhimento do público. A banda escolhida para encerrar o Marés Vivas não defraudou os fãs e, ao longo de quase duas horas, tocou vários dos seus êxitos, onde predominaram o piano de Tim Rice-Oxley e a voz de Tom Chaplin. Veja fotos do 3.º dia do Marés Vivas e do Super Rock <a href="http://jn.sapo.pt/blogs/festivaisdeverao/default.aspx">AQUI</a></p>
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Velhos conhecidos das terras lusas, os britânicos demonstram já alguns conhecimentos geográficos ao serem das poucas bandas a referirem-se correctamente a Gaia e não ao Porto. Aliás, o espírito das gentes do Norte de Portugal mereceu um elogio de Tom Chaplin. Uma das poucas vezes que a banda interagiu com o público, limitando-se ao longo do concerto a pouco mais do que anunciar a próxima música e a alguns elogios de circunstância. Mas os fãs não se importaram e viveram intensamente cada um dos temas tocados.
Não fugindo do seu registo pop melódico e seguindo, de perto, talvez até de mais, os registos discográficos, os Keane percorreram temas bem conhecidos do público, destacando-se Bend And Break, os inevitáveis telemóveis erguidos em This Is The Last Time e ainda You Don't See Me At All.
Para o final ficaram reservados Somewhere We Only Know e a mais animada Crystall Ball. Os milhares de fãs, que mesmo já passando das 2.30 horas permaneciam no recinto, não se importaram de alegremente cantar em coro, marcando o ritmo com palmas. Mas ainda havia forças para mais. Regressaram para o primeiro encore com a atmosférica Atlantic, seguiu-se Is It Any Wonder que deixou o público aos saltos e terminaram com a muito aplaudida Bad Shift.
Quanto todos pensavam que o final já tinha chegado os Keane ainda voltaram mais uma vez ao palco para se despedirem com uma versão de Under Pressure dos Queen, que surpreendeu até as mais fervorosos fãs. Resumindo, um bom concerto, que de certeza não terá desiludido os fãs, mas que deixou no ar um sentimento que poderia ser ainda melhor com um pouco mais de esforço da banda..
Mraz e Colby encantam Marés Vivas
“Lucky I´m in love with my best friend....” foram as palavras mágicas que puseram em êxtase as 26 mil pessoas que lotaram o festival Marés Vivas, este sábado.
Com Colby Caillat em palco, Jason Mraz entoou a música que, insistentemente, passa nas rádios nacionais e que foi uma das mais referidas ao JN durante o dia. Mesmo que nem sempre da forma mais afinada.
O concerto do norte-americano começou com um instrumental de ritmos “quentes” e prosseguiu ritmado. Munido de uma secção de metais forte, que imprime um tom dançante (por vezes apenas cambaleante) forte ao espectáculo, Mraz atacou os temas com alegria e em grande interacção com os espectadores. “Digam ao vosso corpo que estão cá hoje!”, pediu o artista enquanto incentivava todos a elevar as mãos.
É sempre impressionante ver tamanha multidão a movimentar-se em sincronia. Sem dúvida que a aposta da organização nesta vertente mais comercial foi ganha. Dentro do estilo mais ligeiro, foi um bom concerto, sem entrar na grandeza, que tomou ares de lição de rock, de Scorpions.
Pelo meio do espectáculo, Bob Marley fez uma “aparição” na enésima cover ouvida no palco do Marés Vivas deste ano.... e não foi a última.
Música para os apaixonados
Festival sem máquinas fotográficas no ar já não existe. Durante o concerto de Colbie Caillat, um mar de gente de câmara em riste invadiu o recinto, sobretudo quando se começaram a ouvir os primeiros acordes de “Realize”, uma música sobre o amor entre os dois melhores amigos.
A norte-americana da Califórnia fez soar, mais uma vez na noite do Marés Vivas, os gritos histéricos dos adolescentes de coração apaixonado.
No que diz respeito às qualidades musicais de Caillat, a autora de Coco é igual a muitas outras que aparecem num ano e no outro já ninguém se lembra que existiram. Mas o público adorou a música lenta e melosa, que pede um ombro para encostar.
No concerto, destacou-se a interactividade entre os músicos e a vocalista. Um "ukelele" em palco trouxe, por vezes, um ritmo um pouco mais rápido ao concerto, logo travado por uma versão de “Killing me softly”.
Gabriella Cilmi dá o mote
Mãos no ar e gritos histéricos deram as boas vindas a Gabriella Cilmi na inauguração do palco principal do Marés Vivas, no terceiro dia de concertos.
A australiana abriu o concerto com um pequeno trecho de Janis Joplin. “Oh Lord won´t you buy me a Mercedes Benz”, cantou Cilmi. Uma música com mais do dobro da idade da maior parte dos espectadores que se reuniu junto ao palco.
À segunda música, Gabriella já não aguentou o peso dos sapatos. Tirou-os e arrancou para “Sanctuary”, uma das músicas mais conhecidas do público português. O terceiro tema esgotou o reportório de singles conhecidos. O público dos Marés Vivas cantou “Sweet about me” em uníssono com a banda.
A voz doce de Cilmi, acompanhada de uma presença vistosa em palco, ajudou a trazer bom ambiente ao recinto que enche a olhos vistos.
Dia pop no Marés vivas
No dia mais juvenil do Marés Vivas, em V.N. Gaia, o recinto do festival esteve recheado de adolescentes "Morangos com Açúcar", que foram ver Jason Mraz, Colbie Caillat e Keane.
No palco secundário não esteve tanta gente como nos outros dias. O som de Sinal não ajudou, mas o funk dos Sound Bizness ainda fez alguns corpos dançarem.
No fim de contas do festival, mais de 60 mil pessoas terão passado pelo recinto no Cabedelo durante os três dias de música.