O exuberante espetáculo de M.I.A encerrou a segunda noite de Super Bock Super Rock, onde estiveram 21 mil pessoas, com luzes a explodir no palco e decibéis levados ao extremo.
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Quando o relógio marcava a hora prevista para o início do concerto da cantora britânica, ainda eram carregados para o palco fardos de palha para compor um cenário já decorado com fitas coloridas. A dj fazia prever a entrada da cantora a qualquer momento, mas só 20 minutos e um filme com divindades indianas depois é que M.I.A saltou para o palco, para uma hora de excessos.
A multidão foi sacudida por decibéis levados ao extremo, ruídos de helicópteros e luzes frenéticas que estimulavam todos os sentidos, mas que deixavam pouco espaço para que as canções pudessem brilhar. O público não pareceu muito preocupado, abandonando o corpo à explosão sonora e reagindo aos constantes estímulos de M.I.A, perita na arte de interagir com as massas.
Acompanhada por uma cantora, a dj de serviço e um dançarino que se movimentava à velocidade da luz, ofereceu um espetáculo como ainda não se tinha visto nesta edição do Super Bock Super Rock.
"Galang", "Paper Planes" ou "Boyz" - com o público masculino a subir ao palco - não falharam num alinhamento seguro, para quem tem novo disco a caminho.
Antes, uns vigorosos Friendly Fires provaram ser dignos do palco principal do Super Bock Super Rock, depois de se terem dado a conhecer ao público português nos palcos secundários de Sudoeste e do Alive, em 2010 e 2011, respetivamente.
Os britânicos mostraram as canções do último trabalho, "Pala", de 2011, mas não esqueceram favoritas do primeiro disco como "Kiss of Life".