Depois de uma longa espera e de muitas incertezas, os 30 Seconds to Mars subiram ao palco do Alive para dar um espectáculo curto, mas vibrante.
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A banda mais aguardada no terceiro dia de Alive foi a primeira a entrar no Palco Optimus, depois de uma tarde marcada pelos problemas técnicos e pelo cancelamento dos três primeiros concertos.
Ao som de "Carmina Burana", de Carl Orff, a banda dos irmãos Jared e Shannon Leto e de Tomo Milicevic entrou em palco, às 0.30 horas - hora e meia depois do previsto -, para delírio dos milhares de fãs que, até ao concerto começar, oscilavam entre a expectativa e o receio de que o grupo norte-americano não chegasse a actuar.
Os problemas com as estruturas do palco encurtaram o espectáculo da banda para uma hora, onde não faltaram êxitos nem intensas trocas de mimos entre Jared Leto e os fãs.
"Kings and Queens" marcou o arranque da actuação, e foi recebida de braços abertos e vozes ao alto por quem tanto tinha desejado aquele momento.
Seguiram-se "A Beautiful Lie", "Attack" e "Search and Destroy", com um imparável Jared Leto a comandar as operações.
"Façam barulho", ordenou várias vezes o vocalista, jogando com os fãs que se encontravam em cada um dos lados do palco. A banda conhece bem o potencial do público português e espicaça-o a cada momento da actuação.
"Saltem", voltou a ordenar Leto, levando a plateia a tirar os pés do chão sem se preocupar, sequer, com a cerveja que galgava os copos.
Carismático e efusivo, com um palminho de cara que ajuda bastante ("Ainda bem que vim, ele é tão giro", suspirava uma adolescente recentemente convertida ao ídolo), Jared domina o público e mostra-se atento às suas reacções, ou não fosse ter interpelado uma fã que continuou a tirar fotografias em vez de saltar conforme tinha sido pedido.
Com uma legião de fãs devotos, o vocalista não poupa esforços para retribuir o afecto: "Este é o Portugal que eu adoro", "São os melhores do mundo. Adoro-vos." Palavras certeiras para reconfortar um público que passou o dia com os nervos à flor da pele.
"Estávamos com medo que o espectáculo não acontecesse", confessou.
"Fight, fight, fight" foi grito de guerra em "This is War", com balões vermelhos a colorir a plateia.
O momento acústico da noite chegou com "Hurricane" e "Alibi", e com uma "The Kill" que terminou numa explosão de instrumentos em palco e com Leto em cima das grades debruçado sobre os fãs.
Antes de "Closer to The Edge", êxito escolhido para terminar a encurtada actuação, três fãs subiram ao palco, para tirar uma fotografia e ensinar o vocalista a dizer em português: "Amo-vos" e "Vocês são loucos".
A despedida foi feita sob uma nuvem branca de confettis.