O extremo português refutou as críticas quanto à postura da seleção nacional frente à Alemanha na estreia do Euro 2012 e garantiu que apenas a falta de sorte tem impedido Portugal de marcar golos. O jogador do Manchester United espera que o cenário mude já na quarta-feira contra a Dinamarca e revelou, ainda, que não foi por causa de um salto mortal que falhou a presença na fase final do Mundial de 2010.
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Portugal entrou a perder no Europeu, contra a Alemanha, mas Nani não encontra muito para alterar na equipa das quinas: "O que podemos mudar é marcar golos, porque se jogarmos com a mesma atitude e empenho, basta marcarmos golos para sairmos a sorrir". E sobre a seca de golos nos últimos quatro jogos - apenas um marcado - a explicação é simples: "A bola não está a entrar! Bate em todo o lado, menos na baliza. Neste competições é difícil marcar muitos golos".
A postura de Portugal frente à Alemanha, sobretudo na primeira parte, suscitou algumas críticas, nomeadamente dos antigos internacionais Luís Figo e Rui Costa. "Não penso no que os outros dizem. É mais fácil criticar os jogadores e a seleção do que elogiar. Se conseguirmos dar alegria ao nosso povo melhor, mas se não conseguirmos o que interessa é darmos o nosso melhor. Não somos máquinas, nem super-dotados para ganhar a toda a gente", defendeu Nani, que garante muita confiança para o duelo com a Dinamarca.
"É um jogo muito importante: temos de ganhar, porque se o conseguirmos continuamos a depender só de nós. Encaramos o desafio com muita responsabilidade, estamos confiantes e vamos assumir o jogo, mas com cautela. A Dinamarca sabe jogar, sabe fazer golos e temos de ter o controlo defensivo", destacou Nani, antes de abordar a posição em que atua na equipa das quinas, depois de ter terminado o jogo com a Alemanha no centro do terreno.
"A minha posição é extremo, junto à linha e tenho feito bem o meu papel. Mas também já joguei no meio e, com muita liberdade, sou capaz de criar oportunidades para os meus colegas. Já deu para perceber que a primeira opção do treinador não é colocar-me a dez e estou a contar jogar na linha, mas cabe ao treinador decidir. É só mais uma hipótese", realçou o jogador.
Questionado sobre a ausência do Mundial de 2010, devido a lesão, Nani garantiu que, ao contrário do que foi dito e escrito na altura, isso não se deveu a uma lesão sofrida ao comemorar um golo num treino: "Nunca fiz malabarismos num treino. Nunca cai e nunca me aleijei a fazer um salto mortal. Não prometo que vou deixar de fazer, nem digo que vou fazer. Depende do momento e do que sinto quando marco um golo. O Mundial 210 é passado e não é para ser recordado".
O jogador do United não mostrou qualquer preferência sobre quem deve ocupar a posição de ponta-de-lança, garantindo entender-se bem com os três avançados de raiz que estão no grupo de trabalho de Paulo Bento e lembrando: "Em campo somos onze e qualquer um pode marcar. Basta ver que o Pepe esteve muito perto de o fazer à Alemanha. Não interessa quem marca, interessa marcar".