Por muito respeito que possam merecer os percursos de músicos insuspeitos como Tó Trips, Samuel Palitos, Pedro Gonçalves ou Zé Pedro, chamar "supergrupo" a um projeto falho de ideias e originalidade é um ultraje para qualquer verdadeira banda. Incumbidos da abertura do Palco EDP, os Ladrões do Tempo mais não fizeram do que exibir um rock FM ao pior estilo, com refrões orelhudos e coros irritantes. Esquecível.
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Ainda mais descabido do que o resto da atuação foi o encore que resolveram fazer, apesar da ausência de grandes pedidos nesse sentido, repetindo, para cúmulo, um tema que haviam acabado de tocar.
Impressão mais positiva deixaram os Capitão Fausto. Não há grandes segredos a guardar da sua música direta e algo repetitiva, que, todavia, ostentou uma energia suficiente para contagiar parte da assistência, ainda distante a essa hora das 25 mil pessoas esperadas.
O principal destaque da noite pertence, naturalmente, aos Ornatos Violeta, que vão protagonizar aquele que talvez seja o concerto mais aguardado de todo o festival. De regresso após um hiato de dez anos, a banda portuense - que, depois de Coura, irá passar ainda pelos coliseus do Porto e Lisboa, há muito esgotados - vai revisitar na íntegra o já mítico disco "O monstro precisa de amigos", de 1999.