Selecionador diz que Manuel José e Carlos Queiroz criticaram o que não conheciam e explicou a estratégia frente à Espanha e defendeu a decisão nos penáltis: "Ronaldo poderia ter falhado o primeiro". Sobre o futuro, disse que os atletas do Euro têm idade para estar no Mundial.
Corpo do artigo
Ao ataque, o selecionador luso defendeu ontem os seus futebolistas, com punho de ferro, na entrevista à RTP 1. "Quem foram os nossos críticos? Dois ex-selecionadores: Carlos Queiroz e Manuel José. Não foram éticos nem sensatos. Acusaram-me de ser o responsável por um mau planeamento quando nem conheciam o nosso programa de treinos e folgas", salientou, colocando Rui Costa e Luís Figo, críticos da estratégia de Portugal após o jogo com a Alemanha, num nível benigno.
Sobre o jogo com a Espanha, revelou que o desgaste luso e as substituições no prolongamento se deveram ao esquema tático. "O objetivo é que o adversário tivesse dificuldades na primeira fase de construção".
E tentou explicar a razão de Ronaldo não ter sido o primeiro a marcar o penalti. "Agora tudo pode servir como argumento para a derrota. Às vezes, a decisão tem a ver com o sentimento dos jogadores. Na Champions, frente ao Bayern, foi o primeiro a bater e falhou. Poderia ter falhado outra vez".
Paulo Bento considera que CR7 foi "um capitão exemplar". "Fez um bom jogo frente à Dinamarca apesar de se dizer o contrário por ter falhado duas chances. Não nos parece normal que pensemos que ele tem de resolver tudo".
Desvalorizou a questão levantada em torno dos carros de luxo, aquando do estágio em Óbidos. "Existe uma grave crise, mas isso não nos deve levar a um sentimento de inveja. Adquiriram-nos com o seu dinheiro".
Paulo Bento revelou uma novidade relativamente ao seu contrato. "Se não tivesse conseguido a qualificação, a Federação poderia ter rescindido sem indemnização. O mesmo acontece para o Mundial 2014", informou, acrescentado porém que a FPF acreditou "no seu processo e não só no resultado".
Garante que todos os jogadores, presentes no Euro 2012, têm idade suficiente para estarem no Brasil. "Mas muita água correrá debaixo da ponte", acautelou.