O líder do CDS-PP, Paulo Portas, disse, esta segunda-feira, que os pensionistas mais pobres em Portugal vão perder, este ano, 4% do poder de compra, referindo-se ao valor da inflação registado em Portugal no mês de Abril.
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De acordo com dados do Eurostat, divulgados esta segunda-feira, a taxa de inflação em Portugal situou-se nos 4% em Abril.
"É preciso que os cidadãos saibam que esses 4%, que significam uma inflação alta, são exactamente os 4% de poder de compra que os pensionistas mais pobres em Portugal, que são aqueles que têm pensão mínima, pensão rural e pensão social, vão perder este ano", disse Paulo Portas.
O presidente do CDS-PP responsabiliza o PS e o PSD por esta situação, alegando que foram estes partidos que decidiram no Orçamento congelar as pensões deste ano ao contrário da proposta dos democratas cristãos.
"Esta decisão é injusta, porque não considerou como prioridade social os mais pobres", sublinhou Paulo Portas defendendo que era possível ter cortado em "consumos sumptuários" do Estado para permitir a actualização das pensões, "pelo menos para que acompanhasse a inflação e não perdessem o poder de compra".
Portugal é um país marítimo
O líder democrata-cristão falava durante uma visita aos estaleiros da Navalria, em Aveiro, distrito onde espera conseguir eleger o terceiro deputado.
O líder do CDS-PP aproveitou ainda para defender a modernização da capacidade de construção naval em Portugal, afirmando: "Não precisamos de andar a acabar, ano após ano, com a marinha mercante, a marinha de guerra, com o sector dos armadores de pesca".
Para Portas, Portugal é um país marítimo que tem na economia do mar "um dos maiores factores de crescimento económico e criação de riqueza".
Por isso, defende que é preciso uma política do mar integrada que junte capacidades como a construção naval, o turismo náutico, os portos e a investigação científica do mar.