O líder do CDS-PP, Paulo Portas, insistiu, esta sexta-feira, num modelo de avaliação dos professores baseado no sistema do ensino particular e apontou a autoridade dos docentes como essencial no sector da Educação.
Corpo do artigo
"[O sistema vigente no ensino particular e cooperativo] funciona, está a correr bem e foi subscrito por professores e empregadores", declarou Paulo Portas, depois de uma visita à feira quinzenal de Arouca e de outra à Vicaima, uma empresa em Vale de Cambra.
Entre os aspectos positivos que identifica no modelo actualmente em vigor no ensino particular, Paulo Portas sublinhou que o relatório é entregue a 30 de Junho, quando as aulas já acabaram, que a avaliação é feita pelo director pedagógico, ou seja, o avaliador não concorre com o avaliado para o mesmo lugar, que a avaliação termina antes do novo ano lectivo começar e que em caso de divergência existe um sistema de arbitragem para a dirimir.
Para o líder dos centristas, a avaliação deve ser "exigente", mas "nem injusta nem burocrática", e deve também incidir sobre alunos, manuais, currículos, programas e escolas.
"Comprometo-me com um modelo de avaliação de professores que é exigente, mas justo. Não é burocrático nem discriminatório", assegurou.
Em relação à autoridade dos docentes, o cabeça de lista por Aveiro e candidato a primeiro-ministro admite que "em casa manda a família", mas argumenta que "a autoridade na escola tem que ser o professor".
Depois, no que se refere à avaliação dos alunos, Paulo Portas disse apoiar um sistema "que implica exames no final de ciclo", o que habitua os jovens "à superação de dificuldades", já que quando concluírem a escolaridade é isso que vão encontrar "na vida laboral".
Autoridade ao professor, avaliação de alunos e avaliação de docentes foram assim "os três princípios" que o líder do CDS-PP aponta como "essenciais" no domínio da Educação e aos quais reconhece a capacidade de, "com adaptações, inspirarem uma solução no ensino público".