<p>O CDS vai enviar 20 mil SMS apelando ao voto para ficar à frente do BE e da CDU. As mensagens começarão a chegar aos telemóveis esta quinta-feira, anunciou Paulo Portas, líder do partido, num jantar-comício em Setúbal. </p>
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“Ajude-nos a ficar à frente do BE e do PC. Nacionalizações, aumento de impostos e ataque às poupanças dão cabo da economia. Assim não se gera confiança nem emprego. O CDS tem de ser a terceira força! Reenvie a +20. Obrigado. PP”, diz a mensagem. “Queremos multiplicar esta mensagem por 20”, sustentou Paulo Portas. “Temos de ser a terceira força”, reiterou.
Na recta final da campanha, o candidato centrista enfatizou o discurso contra aquilo que chama a “extrema esquerda”. “As nacionalizações propostas pela extrema esquerda custam ao Estado um terço de toda a riqueza gerada por quem trabalha e investe durante um ano em Portugal”, afirmou.
“O problema da EDP não é ser pública ou privada, é ser um monopólio”, exemplificou Paulo Portas. “Os esquerdistas, quando vêem que alguma coisa mexe, lançam impostos; quando vêem que alguma coisa cresce, aumentam as taxas; quando vêem que alguma coisa desaparece, dão subsídios”, acrescentou o líder do CDS.
Paulo Portas assinalou que, em Setúbal, distrito que “mais sofreu” com as “duas chagas deixadas pelo Governo” - insegurança e desemprego – as eleições vão ser disputadas “voto a voto”, com o CDS na iminência de conseguir um segundo deputado. “Peço aos eleitores não socialistas que nos apoiem especialmente aqui. Se elegermos o segundo deputado, quem o perde é o PS ou o BE”, destacou. “O CDS vai merecer o voto de muita gente que nunca votou em nós”, confiou Paulo Portas.
“Maioria de um só partido, jamais! Para o Governo, na margem Sul não viviam aqui pessoas, viviam, quanto muito, camelos. Mas há pessoas, há famílias, há casas. Muita gente que é vítima da insegurança que este Governo deixa”, salientou.
O ministro da Agricultura também voltou a estar debaixo de fogo. “Portugal é o país da União Europeia com mais desperdício de fundos europeus. Dentro desse desperdício, o caso da Agricultura é grotesco. Tínhamos toda a razão quando dissemos que o dr. Jaime Silva é um incompetente. Faltam três dias para o incompetente ir embora”, afirmou Portas.