Coligação PSD/CDS-PP aumenta votação no concelho. Rui Sá (CDU) teve melhor resultado.
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Rui Rio, 52 anos, economista, voltou, ontem, a ser dono e senhor da Câmara do Porto: conquistou, pela segunda vez consecutiva, a maioria absoluta e uns confortáveis sete lugares na vereação para a coligação PSD/CDS-PP. Uma vitória que é mais significativa perante os resultados (47,7% contra 46,1 em 2005) e dado que este será o seu último mandato no Porto. Em 2001, Rio foi eleito com maioria relativa. Outro vencedor nestas eleições: Rui Sá, da coligação PCP-PEV, que chegou a ser dado como não eleito nas sondagens, conseguiu manter-se no Executivo portuense e com um melhor resultado do que em 2005 (9,8% dos votos contra 8,9%).
Elisa Ferreira, a aposta do PS, ex-ministra, eurodeputada releita em 7 de Junho, foi a grande decepção. Embora nunca tivesse aparecido como vitoriosa em estudos de opinião, teve um resultado pior do que aquele que Francisco Assis (36,1%) conseguiu há quatro anos e quedou-se pelos 34,7% dos votos. Os socialistas mantêm, no entanto, cinco lugares na vereação.
Em termos de freguesias, o PSD manteve nove lideranças de Junta e o PS as restantes: as quatro do centro histórico da cidade e Aldoar. Todavia, estes autarcas podem pôr em causa deliberações que a Assembleia Municipal do Porto terá de tomar.
Apesar da coligação de Rio ter ganho a Assembleia Muncipal com 18 elementos e eleito como presidente o social-democrata Valente de Oliveira, a soma dos votos da Esquerda e dos presidentes de Junta do PS poderão obrigar ao recurso de voto de qualidade, perante um empate de forças. No fundo, é uma maioria de outra maneira, mas que, tal como aconteceu no primeiro mandato de Rio, obriga a maior disciplina.
João Teixeira Lopes, do BE, não foi eleito, embora tivesse arrecado mais votos.