<p>Francisco Louçã congratulou-se pela não adjudicação à Mota Engil do troço da auto-estrada Oliveira de Azeméis-Coimbra, depois de ter denunciado um desvio de mais de 500 milhões de euros. PS e o ministro Mário Lino acusam-no de mentir.</p>
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"Já ganhámos 500 milhões de euros". Foi com este comentário que o líder do BE saudou a notícia da anulação do concurso das auto-estradas do Centro, relacionando-a com a denúncia do caso, que fizera durante o debate de na terça-feira à noite, com José Sócrates.
A Mota-Engil e a Estradas de Portugal confirmaram a anulação. O ministro da Obras Públicas e o porta-voz do PS acusaram Louçã de "faltar à verdade" quando afirmou que a adjudicação caiu devido à sua intervenção no caso. João Tiago Silveira deu até uma aconferência de Imprensa para afirmar que o bloquista "não podia ignorar" que essa adjudicação não tinha sido concretizada, porque a informação foi publicada a 20 de Agosto pelo "Jornal de Negócios".
Ontem à tarde, Mário Lino considerou "lamentáveis" as declarações do líder do BE. Edisse não ter gostado de ouvir Louçã dizer ter sido por causa da sua denúncia que o Estado poupou 500 milhões de euros, afirmando que o dirigente bloquista "mentiu para sair de forma airosa deste caso".
Mário Lino garantiu que a adjudicação não foi concretizada e que a decisão foi comunicada às empresas a 13 de Agosto. A seguir, acusou Louçã de ter "resvalado para aqueles tiques de alguma Direita, da suspeição, da calúnia, lançando uma nuvem sobre a seriedade das pessoas e dizendo coisas que são absolutamente falsas".
Quanto à concessão, o governante garantiu que o processo vai será relançado novos concursos.