<p>O secretário-geral do PS ataca as nacionalizações, dizendo que, se acontecessem, "o país ficaria pior"</p>
Corpo do artigo
O secretário-geral do PS, José Sócrates, atacou hoje, quinta-feira, em Barcelos os partidos da oposição, dizendo que os de esquerda apostam em "radicalismo e nacionalizações ruinosas" e os de direita na "descrença e no pessimismo".
Referindo-se, sem o nomear, ao Bloco de Esquerda, o candidato socialista considerou que a proposta de nacionalizações da banca, dos seguros, e da energia acrescida da de retirar os benefícios fiscais à classe média, na saúde e na educação, se fosse aprovada significaria que "o país ficaria muito pior".
O líder socialista falava durante um almoço de empresários da região do Cávado, organizada pela candidatura de Miguel Costa Gomes, líder da Associação Comercial e Industrial local à Câmara Municipal e na qual participou o cabeça-de-lista pelo círculo de Braga, António José Seguro e o líder da Federação Distrital, Joaquim Barreto.
Sócrates insistiu na inexequibilidade da proposta do BE, partido que acusou de "arrogância" e "radicalismo ideológico", dizendo que propostas de nacionalização de sectores e de ataque à classe média "não são boas para o país".
Disse que Portugal precisa de "responsabilidade e propostas políticas com pés assentes na terra", lembrando, numa crítica que abrange o PCP, que "há quem queira sair da NATO e chame imperialista à União Europeia".
Voltando as críticas para as forças de política de direita, defendeu que a agenda económica do PS começa por medidas de resposta à crise, "mas num caminho de modernidade", propondo, nessa linha, "mais apoio às exportações e à internacionalização de empresas, e a continuação da política de energias alternativas, de forma a reduzir a dependência face ao exterior".
Criticando, também, sem o nomear, o PSD, defendeu que Portugal "deve apostar na melhoria das ligações ao centro da Europa, através das redes de banda larga de telecomunicações, e da melhoria de infra-estruturas, com investimento em portos, rodovias, estruturas aeroportuárias".
"Não quero que Portugal fique fora da rede de alta velocidade europeia", frisou.
Afirmou que nas próximas eleições está em causa a diferença entre a confiança e a descrença, entre aqueles que nada querem fazer, baixando os braços, e os que se apresentam ao eleitorado com "determinação e confiança no futuro".
"Nunca vi um pessimista criar um único posto de trabalho", ironizou.