A meio da tarde, Paredes de Coura vivia o frenesim típico da chegada de milhares de festivaleiros. Com as zonas mais disputadas há muito preenchidas por quem chegou no final da semana passada, os retardatários tiveram que se sujeitar a acampar em terrenos mais distantes das margens do rio Taboão, abundantes em sombra, o bem mais precioso por estas bandas nos dias que correm.
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Nada que preocupasse em demasia os recém-chegados, mesmo que o transporte de tendas e víveres diversos debaixo de um sol inclemente (a temperatura rondou os 30 graus) não parecesse a mais aprazível das tarefas...
"O espírito deste festival é o que o distingue de todos os outros", proclamou o Sérgio, que pela terceira vez rumou à pequena vila minhota na companhia de um punhado de amigos de Vizela.
Quem não teve que se preocupar muito com a melhor localização para acampar foi o autodenominado Velha Guarda de Paredes de Coura, grupo de 59 convivas oriundo de Braga que há 14 anos não perde uma edição do festival. Acampado há vários dias logo na entrada do parque de campismo, o numeroso contingente não deixou nada ao acaso no que toca ao conforto, tendo trazido até uma churrasqueira, frigorífico e fogão com que vai tentar minorar as saudades da comida lá de casa.
Humberto Ribeiro, o cozinheiro, abraçou de bom grado a tarefa e critica apenas a pontual falta de cooperação de alguns elementos em trazer os ingredientes necessários. "É preciso ter muita paciência. Ficaram de trazer-me cenouras e, no final, tive que ir lá eu...", queixou-se o mestre de culinária, que, para se vingar dos sucessivos ssivos boicotes, opta por carregar na dose de piripiri...