Os candidatos à Câmara Municipal do Barreiro são unânimes em defender a terceira travessia sobre o Tejo no eixo Barreiro-Chelas, com as componentes rodoviária e ferroviária, destacando a sua importância para desenvolver o concelho.
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O actual presidente da autarquia e candidato pela CDU, Carlos Humberto, tem defendido, desde o início do processo, a importância da nova ponte. "Penso que a terceira travessia, com as funções rodo-ferroviárias e tudo o que está associado, como o Metro Sul do Tejo, a ponte Barreiro-Seixal, a Gare Sul, a deslocação das oficinas da EMEF ou as acessibilidades rodoviárias, tem uma força tal para a região de Lisboa e para o país que eu acho que vai ter mesmo que ser construída", diz.
Se Carlos Humberto considera a ponte "muito importante" para o desenvolver a sua estratégia para o Barreiro - "com ponte, a concretização é mais rápida; sem ponte mais lenta" - já o candidato do PS caracteriza-a como "fundamental" para a evolução do Barreiro.
"Vai possibilitar a ligação entre as duas margens, a ligação à plataforma logística do Poceirão e ao novo aeroporto", nota Nuno Santa Clara Gomes. "Tem-se dito que a ponte deveria ser apenas ferroviária, mas isso na minha opinião seria fazer apenas meia ponte".
Posição idêntica tem Nuno Banza. O candidato do PSD, que sustenta ter sido por "pressão" do seu partido que se fala da nova ponte Barreiro-Chelas, afirma que, com as funções rodo-ferroviária, é prioritária. "Temos razões para o dizer, pois queremos tornar a Área Metropolitana de Lisboa funcional. Hoje, está polarizada no Norte".
O cabeça-de-lista do BE, vai mais longe: "Deve haver uma terceira e até uma quarta travessia sobre o Tejo nesta zona". Apesar de ser a favor das duas componentes, Mário Durval entende que a ferrovia deve entrar em funcionamento primeiro. Henrique Ferreira, do CDS, afirma que o partido é "inequivocamente" a favor da nova ponte com as componentes, que deseja "abertas o mais depressa possível". O candidato do MRPP, Carlos Salgueiro, também defende a nova ponte, mas refere que a aposta deve ser nos transportes públicos, pois caso contrário as pessoas vão continuar a usar o automóvel.