O Tribunal da Guarda acaba de negar provimento à providência cautelar interposta pelo Movimento Revolução Branca contra a candidatura de Álvaro Amaro do PSD à Câmara da Guarda.
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No despacho do dia 15 deste mês, a juíza Marta Campos concluiu que " sem prejuízo da valia cívica da iniciativa dos requerentes e independentemente da posição que se adote quanto à questão de mérito objeto da discussão, aqueles (Movimento Revolução Branca) não são titulares do direito de ação popular que reivindicam (...) e por não serem os aqueles os titulares diretos do direito ou interesse cuja tutela pretendem, não viola também o direito de acesso à justiça, consagrado no Art. 20º da CRP. A falta de legitimidade processual dos requerentes conduz necessariamente à absolvição dos requeridos da instância".
Assumida a candidatura à maior câmara do distrito da Guarda em Abril deste ano, Amaro admitiu a possibilidade de ser alvo de uma ação cautelar idêntica à que foi interposta contra a candidatura de Fernando Seara em Lisboa, dizendo no entanto que aguardaria uma decisão dos tribunais "com tranquilidade".
Já o Movimento Revolução Branca (MRB) escusou-se para já a reagir à decisão do tribunal da Guarda. " Desconheço a decisão bem como o teor da mesma pelo que só depois de a analisar é que faremos algum comentário, disse ao JN Paulo Melo Romeira do Movimento.
Ainda sem saber o que diria o tribunal e logo depois da estrutura distrital do PSD ter anunciado a candidatura de Álvaro Amaro, o antigo secretário de Estado da Agricultura nos governos de Cavaco Silva dirigiu-se à população, pedindo que se fizesse história. " A Guarda é a única capital de distrito em que, apesar dos diferentes protagonistas, sempre foi ganha pelo Partido Socialista", referiu, acrescentado que "o momento de emergência nacional do país bem como a situação de imobilidade do concelho da Guarda", exigem que seja operada uma mudança.
Contatado Álvaro Amaro reagiu dizendo que " Fez-se justiça e quando assim é só temos de mostrar a nossa satisfação".