Das 32 selecções do Mundial, Portugal é a que tem jogadores nascidos em mais países distintos. Ao todo, estão distribuídos por cinco nações. A França é o país onde nasceram mais futebolistas, seguida do Brasil e da Argentina.
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Portugal é a selecção do Mundial com mais jogadores nascidos em locais diferentes. Os 23 atletas escolhidos por Carlos Queiroz estão distribuídos por cinco nações. Pepe, Deco e Liedson nasceram no Brasil, Rolando em Cabo Verde (assim como Nani, entretanto lesionado), Danny em Caracas, na Venezuela, e Daniel Fernandes no Canadá. Os restantes nasceram em Portugal.
A lista até poderia ser maior, caso Bosingwa não se tivesse lesionado. O lateral direito do Chelsea é de Kinshasa, na República Democrática do Congo, e chegou muito pequeno a Portugal. Rolando deixou Cabo Verde adolescente, assim como Danny, que cresceu no Funchal.
Ao todo, os 736 futebolistas que irão participar no Mundial 2010 (23 atletas em cada uma das 32 equipas) estão distribuídos por 48 nações diferentes. O país mais representado é a França, com 44 jogadores, seguido do Brasil (29) e da Argentina (28). Além dos 21 futebolistas que nasceram em terras gaulesas, há a juntar 17 argelinos.
A Argélia é a única equipa com mais elementos nascidos fora do país-natal. Apenas seis são do Norte de África, entre os quais Halliche, jogador do Nacional. Os restantes são filhos de pais argelinos e optaram por representar a Argélia, como Yebda, ainda ligado ao Benfica.
As selecções do Gana, Grécia, Chile e Sérvia têm quatro países diferentes de nascimento, embora o caso sérvio seja especial, devido ao desmebramento da Jugoslávia. Milos Krasic é do Kosovo e Neven Subotic da Bósnia-Herzegovina. Só Kuzmanovic é da Suíça.
No exemplo chileno, o sportinguista Matias Fernández é de Buenos Aires, na Argentina e Mark González, a estrela da selecção, nasceu e viveu até aos dez anos em Durban, na África do Sul.
Influência francesa
A França também é a nação mais representada em diferentes selecções. Seis, no total. Além da própria França e da já referida Argélia, as equipas da Costa do Marfim, Camarões, Gana e Argentina têm futebolistas nascidos em terras gaulesas.
A maioria dos atletas tem dupla-nacionalidade e opta, a dada altura, por representar uma das selecções. No caso do Brasil, representado em cinco equipas, Pepe, Liedson e Deco escolheram Portugal; Cacau é jogador da Alemanha. Já Benny Feilhaber, dos Estados Unidos da América, e Marcos Tanaka, do Japão, deixaram o Brasil bem cedo.
Outra equipa bem marcada pelo fenómeno da imigração é a da Alemanha. Trochowski, Podolski e Klose são da Polónia, mas os pais deixaram o país-natal muito cedo, assim como os progenitores de Marco Marín, original da Bósnia-Hervegovina. Shane Smeltz, da Nova Zelândia, Cha-Du-Ri, da Coreia do Sul, Kevin Boateng, do Gana e Joel Matip, dos Camarões, nasceram em terras germânicas.
Até a Coreia do Norte, adversária de Portugal e um dos países mais fechados do Mundo, tem dois jogadores nascidos no Japão. Um deles é Jong Tae-Se, a grande estrela coreana. Além das equipas portuguesa e brasileira, a outra selecção do Mundial com um representante da língua portuguesa é a suíça. Gelson Fernandes nasceu em Cabo Verde. A Suíça ainda tem um jogador do Congo e três do Kosovo.