Nuno Melo, vice-presidente do CDS, descartou qualquer possibilidade de futura coligação com o PS.
Corpo do artigo
“Connosco, não irão acompanhados em circunstância alguma”, disse o também eurodeputado, criticando as palavras do cabeça de lista do PSD por Braga, João de Deus Pinheiro, que admitiu a hipótese de um governo de bloco central (sociais-democratas e socialistas). “Nós somos genuína oposição, queremos ser verdadeira alternativa”, sublinhou Nuno Melo, num jantar em Famalicão que juntou mais de cinco centenas de pessoas.
O eurodeputado afirmou que, ao contrário do PSD, o CDS não pensa que o PS é mau Governo, mas que passa a ser bom se houver coligação. Apesar das críticas aos sociais-democratas, o discurso de Nuno Melo terá deixado a porta entreaberta para um acordo com o PSD, na medida em que salientou a importância de, nas eleições, o centro-direita ter pelo menos mais um deputado do que toda a esquerda junta.
Palavras que poderão significar, caso esse resultado se verifique, uma hipótese de entendimento entre PSD e CDS para assumir o Governo. À semelhança de Paulo Portas, líder do partido, Nuno Melo está confiante num bom resultado: “É agora mesmo que o CDS vai chegar aos dois dígitos”.
Já Paulo Portas, que falou depois de Nuno Melo, centrou o seu discurso nas políticas de apoio aos mais jovens. Radicalizando o discurso contra CDU e BE, Portas também não poupou PS e PSD. O líder do CDS insistiu que não há apenas duas alternativas para os eleitores, até porque, entre aqueles dois partidos “há muitas semelhanças e já muita gente que quer mais diferenças”. O jantar terminou com os centristas a entoarem o hino nacional, após o mote de Telmo Correia.