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O projeto INNOECOFOOD pretende produzir alimentos nutritivos, de forma sustentável e barata, em África, para mitigar a fome no continente, ajudar a combater as alterações climáticas e criar empregos. Criado em 2023, o projeto é gerido pelo Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR) da Universidade do Porto (UP) e terá uma duração de três anos.
De acordo com o investigador António Marques, citado pela Lusa, a ambição é colocar quatro "ECOHUBS" de produção e negócio "inovadores em seis países africanos", em que se melhoram "as explorações aquícolas locais utilizando tecnologias inovadoras como a Inteligência Artificial (IA) e a Internet das Coisas (IoT)".
Esta iniciativa envolve Portugal, Reino Unido, Alemanha, Bélgica, Turquia, Quénia, Uganda, Tanzânia, Namíbia, Gana e Egito.
"Para apoiar os mercados e o comércio da União Europeia com a União Africana, o INNOECOFOOD irá formar agricultores rurais, jovens e mulheres, para produzir e processar, de forma inovadora, duas espécies de peixe de aquacultura - peixe-gato e tilápia -, a microalga spirulina e cadeias de valor de insetos, que serão transformados em produtos alimentares humanos comercializáveis, certificados, e alimentos para animais", declarou.
Financiamento europeu
Este projeto deseja ainda "capacitar e treinar" localmente 120 jovens e 120 mulheres nos ECOHUBS e cinco mil trabalhadores rurais, frisou.
As metas da iniciativa "visam apoiar a segurança alimentar e nutricional, promover práticas de aquacultura sustentáveis e criar oportunidades de mercado para produtos agroecológicos, abordando simultaneamente os desafios climáticos e económicos nas regiões envolvidas", explicou.
O INNOECOFOOD é um projeto financiado pelo programa Horizonte Europa, um programa-quadro de investigação e inovação da Comissão Europeia, sendo que "o valor total dos custos elegíveis é de 6,7 milhões de euros, que serão distribuídos pelos 20 parceiros do projeto", contextualizou.