A polícia italiana (Carabinieri Reggio Calábria), apoiada pela Europol, deteve 13 pessoas que pertenciam a um grupo de crime organizado especializado em burlar idosos. O gangue está envolvido em atividades como fraude, exploração sexual e lavagem de dinheiro.
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A detenção de 13 pessoas foi feita na sequência de uma investigação levada a cabo pela polícia italiana, da região da Calábria, em conjunto com a Europol, que envolveu forças policiais da Roménia, Alemanha e Países Baixos.
O gangue é, maioritariamente, de origem romena e constituído por membros da mesma família, segundo o comunicado de imprensa publicado pela Europol. O esquema consistia em usar mulheres jovens, que se faziam passar por empregadas domésticas, para burlar homens idosos, convencendo-os a emprestar altas quantias de dinheiro. Chegavam mesmo a desenvolver relações amorosas e físicas com as vítimas.
As jovens alegavam problemas pessoais de saúde, ou de um membro da família, para receber apoio financeiro. As vítimas procediam à transferência do dinheiro, algumas no valor de 20 mil euros, que, depois, era recolhido pelo gangue e transferido para a Roménia.
A lavagem do dinheiro era feita por meio de investimentos em imobiliária, automóveis e ouro. Estima-se que o grupo, que estava a ser investigado desde 2020, tenha "ganho mais de um milhão de euros através desta atividade criminal", informa a Interpol.
O alvo específico deste grupo eram homens entre os 70 e os 90 anos, que viviam isolados no sul de Itália. Uma das vítimas sofreu dois ataques cardíacos depois de lhe ter sido administrado Valium, para facilitar o assalto a casa.
Durante a investigação, foram identificados 56 membros, "16 deles atores principais do esquema", localizados em países distintos: Roménia, Alemanha e com ligações na Holanda. Das 13 pessoas detidas, 4 estavam em Itália, 2 na Alemanha e 7 na Roménia.